A quantidade de usuários de Internet tem um crescimento de 22,5% e o número de computadores por usuários subiu 25,1% no País. A informação faz parte do estudo divulgado pela consultoria everis nesta quinta-feira (3/7), com os resultados do 4º trimestre de 2007 do relatório Indicador da Sociedade da informação (ISI) para a América Latina, realizado em parceria com a Escola de Negócios da Universidade de Navarra (IESE Business School), na Espanha.
O ISI é o relatório trimestral da América Latina criado para avaliar periodicamente os avanços da Tecnologia da Informação e das Telecomunicações na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México.
No Brasil, o estudo aponta, no último período de 2007, diversas mudanças no cenário das Tecnologias da Informação e Telecomunicações (TIC), que resultaram no crescimento de 8,8% do índice, o mais significativo dos últimos três anos.
De acordo com o ISI, no último trimestre de 2007, a quantidade de celulares chegou a 611 aparelhos para cada 1.000 habitantes. A projeção do estudo é que este número se eleve para 646 no primeiro semestre de 2008. Atualmente, o Brasil é o 5º país do mundo em número de celulares, com aproximadamente 130 milhões de aparelhos. .
No 4º trimestre de 2007 o índice ISI atingiu 4,25 pontos, o que representa o maior valor já alcançado pelo País, com um aumento de 0,7% em comparação ao ano anterior. Apesar do desempenho positivo, o ISI do Brasil ainda é o menor, com o crescimento mais lento em relação à média dos países latino-americanos analisados. Outra questão que o estudo levanta no período é a intensidade cada vez maior do contraste observado entre a evolução do Ambiente da Sociedade da Informação (ESI) e do TIC: o ESI apresenta a sua terceira desaceleração consecutiva, com apenas 0,5%.
Para os próximos trimestres, as projeções para o Brasil indicam que a menor taxa de desemprego e o maior crescimento do PIB devem compensar o efeito negativo da alta da taxa de risco, favorecendo a melhora do ESI. Além disso, o ISI pode obter crescimento maior em um ano e meio, mas ainda assim não deixaria de ser o mais reduzido entre os países da região.
Estudo
Desde 2005, a everis, em parceria com o IESE, investe na elaboração do estudo ISI com o objetivo de apresentar um cenário com informações detalhadas da evolução da Sociedade da Informação na América Latina. ?O documento é um importante parâmetro para a análise da região, com dados a respeito das tecnologias da informação e comunicação inseridas na economia, sociedade, infra-estrutura dos países que mais se destacam na região,? ressalta Teodoro López, sócio-responsável por Telecomunicações da everis Brasil.
América Latina
A Argentina continua sendo o país que registra o crescimento mais acelerado. O indicador chegou aos 5,05 pontos, a maior cifra já alcançada pelo País desde o início da elaboração do estudo. O Chile foi o único país que teve a pontuação reduzida, com 5,76 pontos, 0,8% menor que no período anterior. A Colômbia obteve um valor recorde chegando a 4,27 pontos e, ao lado da Argentina, foi o único país que aumentou a pontuação tanto para o ESI quanto para o TIC. O Indicador do México mostrou melhora de 0,4% e a pontuação de 4,67 pontos superou a média dos países analisados.
Metodologia
O indicador desenvolvido pela everis possui dois componentes básicos: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Ambiente da Sociedade da Informação (ESI), que compreende os aspectos econômico, institucional, social e infra-estrutura.
As variáveis foram definidas por meio de um processo de seleção que estabeleceu a pontuação do índice. Elas foram eleitas levando-se em conta requisitos técnicos, sem prejudicar o objetivo de simplificar os dados e integrar os aspectos conjunturais, estruturais, quantitativos e qualitativos.
O estudo definiu que todas as variáveis flutuariam dentro de uma categoria limitada entre um valor mínimo unitário e um valor máximo de 10. Ou seja, para cada variável é dado o valor 10 para o país com a melhor qualificação (por exemplo, a maior pontuação indica que o índice de Liberdade Econômica, possui a menor taxa de desocupação, maior número de usuários de internet, etc).
O estudo analisa os dados obtidos de diversas fontes: Gartner Inc., Indec e Ministério da Economia (Argentina); IBGE e Anatel (Brasil); DANE, Ministério das Comunicações e UPME-Ministério de Minas e Energia (Colômbia); INE y Subtel (Chile); INEGI (México); Banco Mundial, Standard & Poor?s, Heritage Foundation, Transparency International, International Energy Agency, UNESCO, International Telecommunication Union, JP Morgan, ICANN, LatinoamerICANN, Domaintools, OECD, Fundo Monetário Internacional, Federal Reserve e bancos centrais da Argentina, Brasil, Colômbia, Chile e México.
