Graças a um novo serviço de satélite contratado, a troca de informações entre as plataformas e os centros de comando da Petrobras serão mais rápidas. A mudança permitirá uma redução de 75% no tempo de transmissão, de 600 para 150 milissegundos, um intervalo menor do que um piscar de olhos. A novidade, já instalada nas plataformas P-68 e P-66, no pré-sal da Bacia de Santos, será estendida a outras plataformas do pré-sal até fevereiro/21.
A redução do RTT (Round Trip Time), nome técnico para o tempo de transmissão, agiliza o uso de aplicações digitais em tempo real, como chamadas de voz, videoconferências ou elementos operacionais, como telas de automação. Páginas da Internet e sistemas corporativos também são carregados mais rapidamente. Com o novo serviço, a companhia consegue, ainda, transmitir dados de maior qualidade, como fotos ou vídeos de alta resolução para análise remota de válvulas ou bombas de uma unidade, por exemplo.
Para obter a redução do RTT em 75%, a Petrobras começou a conectar-se com suas unidades por meio de satélites que orbitam o planeta em altitude média – cerca de oito mil quilômetros – em vez de satélites geoestacionários situados em uma altitude de cerca de 36 mil quilômetros, prática comum até então no mercado. É como se o dado transmitido fosse do Rio de Janeiro até Madri, na Espanha, e voltasse para o município fluminense. No método tradicional essa viagem representaria quase duas voltas na Terra pela linha do Equador para fazer o trajeto completo entre plataforma, satélite e centro de comando.
O uso dos satélites de órbita média terrestre será implementado em outras oito plataformas da Petrobras, instaladas nos campos de Búzios, Lula, Berbigão e Atapu.