A divulgação do acordo firmado entre Oi e Portugal Telecom, que assegurou aos portugueses uma fatia da concessionária brasileira, reacendeu as especulações de que a companhia pudesse estar sendo "turbinada" para asssumir o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Segundo a cúpula do governo responsável pelo projeto, nada mudou com o negócio e a Oi continua sendo uma potencial parceira, mas não a única. "Não existirá jamais 'a empresa do PNBL'. Seria inclusive um desperdício enorme não ter a participação das outras por ter escolhido uma empresa apenas como parceira", declarou Cezar Alvarez, assessor especial da Presidência da República, nesta terça-feira, 3.
Alvarez fez questão de negar as informações que circularam na imprensa de que a Oi seria parceira exclusiva do governo na empreitada, reafirmando que todas as empresas do setor são bem vindas e que o assunto não se resume a operadora que tem a maior rede física (no caso, a Oi). "O plano de banda larga não é apenas a posse de backhaul e backbone pelas concessionárias", afirmou. "Por definição, todas as empresas terão que contribuir (com o plano). Da Algar à Oi", complementou depois.
O assessor ponderou, no entanto, que a capitalização da Oi com a entrada de um novo sócio evidentemente é favorável aos projetos de massificação da banda larga, na medida em que permite que a companhia expanda suas operações. "Toda empresa capitalizada e forte pode ser uma parceira. Mas há uma parceira única no projeto", frisou mais uma vez.
O presidente da Telebrás, estatal repaginada para controlar a rede pública que servirá como base para a implantação do PNBL, também achou positiva a potencial capitalização da Oi com a entrada dos portugueses. "Eu suponho que a Oi capitalizada possa fazer mais investimentos em banda larga", afirmou Rogério Santanna. Para ele, o acordo anunciado não interfere nos planos da Telebrás neste momento.
- Plano Nacional de Banda Larga