A Amazon.com é a marca mais valiosa do mundo na categoria varejo, de acordo com o ranking BrandZ das 10 marcas globais mais valiosas, elaborado pela WPP e Millward Brown. No ranking das 100 marcas globais mais valiosas, a varejista online ficou em sétimo lugar. Seu valor cresceu 59% em relação ao ano passado, chegando a quase US$ 100 bilhões, graças a seu sólido desempenho. Neste ano, a categoria varejo acumulou valor total US$ 281,1 bilhões.
A Amazon conseguiu ampliar a sua influência ao assumir a responsabilidade de envio das mercadorias que comercializa, integrando assim um novo negócio de logística. Além disso, a marca está presente na experiência do consumidor em suas casas: no ano passado a marca lançou o Amazon Dash, um dispositivo eletrônico que permite fazer pedidos de troca de produtos quase automaticamente.
A capacidade de impulsionar estratégias de multicanal é um fator chave por trás do sucesso de muitas marcas que têm crescido em valor, principalmente para as marcas presentes no ranking Top 20 do varejo. Este é um processo que vai continuar enquanto a indústria se adapta a um público consumidor que não diferencia a compra no online e off-line e que espera a mesma experiência de marca e qualidade de serviço em todos os canais, diz o relatório da WPP e Millward Brown.
Entre as varejistas online, no entanto, a Amazon foi exceção. O gigante chinês do comércio eletrônico Alibaba e o site de leilões e comércio eletrônico eBay, por exemplo, caíram no tanto no ranking das 20 marcas globais do varejo quanto das 100 marcas globais mais valiosas. O Alibaba que liderou a lista em 2015 desceu para a segunda posição neste ano, com um valor de US$ 49,2 bilhões, o que representa uma queda de 26%. Já o eBay, que ocupou o sexto lugar no ano passada, desceu para a 10ª posição neste ano, como um valor de marca de US$ 11,5 bilhões, queda de 19% na comparação anual (veja tabela abaixo).
Abaixo do Alibaba aparecem, pela ordem, a rede de lojas de artigos para o lar Home Depot e o Walmart. A Home Depot subiu uma posição em relação a 2015, para o terceiro lugar, com um crescimento de 32% no valor de marca, para US$ 36,4 bilhões. Já o Walmart caiu uma posição, do terceiro para o quarto lugar, com valor de US$ 27,2 bilhões, uma queda de 23%.
Para a vice-presidente comercial da Millward Brown Brasil, Silvia Quintanilha, "[este] é um grande momento para construir experiências consistentes em ambientes reais e digitais e a América Latina tem uma grande tradição de marcas de varejo que devem usar as novas tecnologias para manter sua proximidade com os consumidores".