Cervejaria americana Deschutes Brewery usa IoT para melhorar a qualidade da bebida

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Desde o ano passado, a cervejaria americana Deschutes Brewery, baseada no Oregon, está usando a Internet das Coisas (IoT) para melhorar o processo de fermentação da bebida e produzir cervejas de alta qualidade. Deschutes é uma empresa familiar e a cerveja artesanal produzida no Oregon é distribuída em vários estados americanos. As pessoas podem comprar e levar para casa ou degustar em um dos pubs da Deschutes Brewery. A cervejaria também oferece tours de degustação na fábrica.

Antes de entrar na era da indústria 4.0, o desafio da Deschutes Brewery era o mesmo de qualquer outra cervejaria artesanal: lançar regularmente novas cervejas para manter o interesse dos clientes. O problema é que o processo de fermentação de cada uma dessas cervejas é diferente. E mais, esse processo pode ser dividido em nove etapas, sendo que diferentes cervejas passam de uma etapa para a outra em diferentes momentos. Normalmente, na Deschutes, era preciso fazer leituras e análises manuais constantes para saber quando passar um determinado tipo de cerveja de uma etapa para a outra.

A alternativa para solucionar o problema foi começar a usar a Internet das Coisas (IoT), através da leitura de dados em tempo real, combinada com machine learning, para prever quando as transições ocorreriam, de modo a minimizar a necessidade das leituras manuais. Em 2016, a Deschutes participou do OSIsoft | Microsoft Red Carpet Incubation Program (RCIP), exclusivo para convidados, para explorar análises avançadas e otimizar as operações.

Como parte do envolvimento no evento, engenheiros da OSIsoft, em poucas semanas instalaram uma estrutura de ativos do PI System, sistema mais usado no mundo para Internet das Coisas na indústria, em todos os 50 fermentadores da fábrica. Em seguida, a empresa implantou um integrador para automatizar a preparação e a contextualização dos dados para conseguir, em tempo real, rastrear o grau de fermentação aparente (Apparent Degree of Fermentation, ADF) e a porcentagem da cerveja que havia fermentado.

Usando big data e machine learning, a cervejaria pôde prever com precisão o momento de mudança entre os processos, economizando tempo de transição entre as etapas de fermentação. Segundo Tim Alexander, assistente de fermentação, como resultado, após 24 horas do início da fermentação, a empresa conseguiu ter uma previsão precisa de onde ela deveria terminar". Ele acrescentou ainda que "essas previsões não apenas economizam tempo na passagem para a próxima etapa da fermentação, como também nas etapas futuras, pois elas vão acontecendo de forma mais gradual quando a transição é realizada na hora certa".

O maior ganho para a Deschutes Brewery está na operacionalização das previsões de quando diferentes cervejas passam da fermentação primária para a secundária, resultando em uma economia de até 72 horas do tempo de produção.

No futuro, a Deschutes quer automatizar por completo as previsões de cada cerveja e da transição de cada etapa, ou, como disse Alexander: "chegar ao ponto em que o sistema simplesmente indique que está na hora de mudar para a próxima etapa".

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