Siemens transfere divisão de telefonia móvel para a BenQ

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A Siemens transferiu no sábado as unidades de telefonia móvel que possui em todo o mundo para a empresa taiwanesa BenQ, cuja venda da divisão foi anunciada em junho passado. A única que permanece por enquanto nas mãos da multinacional alemã é a unidade do Brasil, cuja transferência foi adiada para 31 de dezembro próximo ? o processo foi estendido no país devido ao término do ano fiscal da empresa.

Outra razão do adiamento é que a fábrica de celulares da Siemens em Manaus é parte da Siemens Eletroeletrônica, que pertence ao grupo Siemens e recebe benefícios fiscais da Zona Franca. A Siemens Eletroeletrônica também produz telefones fixos e outros equipamentos de comunicação. São três operações independentes, mas sob a mesma entidade jurídica, explica Humberto Cagno, da diretoria da divisão de telecomunicações e responsável pela fase de transição do negócio. Até o fim do ano serão criadas três empresas, sendo que a de celulares será transferida para a BenQ.

Criada em 2002, a área de aparelhos celulares GSM da Siemens é a terceira no ranking de vendas de handsets no País e emprega mil funcionários direta e indiretamente. Com base em dados de junho passado do Gartner/Dataquest, a união das duas operações vai dar à nova companhia uma participação no mercado mundial de 5,2%, o que a coloca na sexta posição entre os fabricantes de telefones móveis.

O valor da aquisição não foi divulgado, mas a informação é que a Siemens gastará ? 300 milhões com a transação, dos quais ? 250 milhões pelo pagamento de dívidas e ? 50 milhões pela aquisição de ações (2% do total) da BenQ.

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