Presente à Futurecom 2006, realizada em Florianópolis (SC), o presidente da Loral Skynet, Pat Brant, traçou um panorama favorável para o mercado de serviços de comunicação via satélite na América Latina até 2010. Na avaliação do executivo, há um grande potencial de negócios envolvendo aplicações de vídeo, televisão de alta definição (HDTV), dados IP, projetos de e-Gov na modalidade Sistemas de Satélite Fixo (FSS) nos próximos anos.
Brant esclareceu que a execução do modelo de negócios FSS é bastante complexa. ?Esse modelo FSS busca um novo alvo para crescer e a cada dia os serviços IP em banda larga via satélite usando VSATs estão sendo vistos como o principal orientador do crescimento da demanda por FSS até 2010?, disse durante palestra para executivos brasileiros do setor de telecomunicações.
De acordo com o presidente da Loral Skynet, a televisão permanece sendo o mais importante distribuidor de mídia do mundo. O executivo citou pesquisa da Euroconsult, segundo a qual 55% da demanda total de transponders de satélite na América Latina é por serviços de vídeo. ?Hoje, mais de 90% das transmissões televisivas em todo o mundo são feitas via satélite?, ressaltou Brant.
A expectativa é que alternativas de vídeo terrestre, como o IPTV, ainda usem satélites para a oferta de alguns serviços e atraiam uma pequena porcentagem (5%) dos aparelhos de TV até 2010. ?O satélite é a opção ideal para a distribuição de programação televisiva. Na América Latina, a TV é fundamental para as identidades e culturas nacionais. São cerca de 100 milhões de residências com TV e ainda há muito para crescer?, lembrou.
Por outro lado, as Redes IP via Satélite estão crescendo rapidamente, mesmo em regiões altamente desenvolvidas e com infra-estrutura de fibra óptica. Na América Latina existem aproximadamente 45 mil pontos IP em banda larga via satélite e estima-se que esse número irá dobrar até 2010, de acordo com a Northern Sky Research.
O presidente da Loral Skynet que a América Latina terá crescimento expressivo de aplicações baseadas em ambientes móveis e de satélite. ?O Brasil, por sua vez, será responsável por um terço deste mercado e a banda via satélite terá posição privilegiada para ajudar o país a acabar com o Divisor Digital?, concluiu.
