O mercado de smartcards (os chamados cartões inteligentes) movimentou US$ 446,3 milhões em 2006 e a estimativa é que alcance a cifra de US$ 775,4 milhões em 2012, um crescimento de 43% no período, segundo dados da Frost & Sullivan, empresa de consultoria e pesquisa de mercado. Ela estima, ainda, que os pacotes e serviços de valor agregado tragam uma receita adicional a esse mercado.
Segundo a consultoria, a América Latina apresenta uma grande oportunidade de crescimento para aplicações de smartcards com tecnologia EMV (Europay Mastercard e Visa), adotados por bancos do Brasil e do México. O aumento da penetração de cartões EMV nesses dois países tem encorajado outras nações da região, e espera-se uma expansão de seus primeiros projetos piloto antes de 2011.
O setor transporte público é outro com grande potencial, principalmente devido à predominância em toda a América Latina dos cartões com tecnologia sem contato(contactless), que têm baixo custo. "Instituições governamentais estão interessadas nessa tecnologia, principalmente para o uso em programas sociais e de educação no Brasil, México e alguns países da América Central, como El Salvador e Porto Rico", observa Alejandra Etcharran, analista de indústria da Frost & Sullivan.
Em geral, o mercado de cartões inteligentes na América Latina é altamente competitivo e acessível, especialmente nos segmentos de comunicação maduros (como o GSM), bancos e transporte público. E as aplicações de valor agregado tendem a ser preponderantes para facilitar a adoção dos smart cards por outros setores, aumentando a penetração da tecnologia, afirma a consultoria.
"O desenvolvimento de aplicações de valor adicionado e a oferta de suporte constante e personalizado podem anular o fator do preço e atuarem como os principais catalizadores para a adoção de tecnologias de cartões inteligentes", completa Etcharran.