O Hospital Albert Einstein contabiliza cerca de 19 toneladas de REEE – resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos destacados de forma sustentável através da Coopermiti, cooperativa especializada em reciclagem de lixo eletrônico de São Paulo..
A busca por alternativas para a destinação de REEE surgiu como uma demanda do Comitê de Desativação de Equipamentos, um grupo multidisciplinar composto por representantes dos departamentos Jurídico, Tecnologia da Informação (TI), Engenharia Clinica, Manutenção, Sustentabilidade e Instituto de Responsabilidade Social.
A Coopermiti foi escolhida por apresentar em verificação in loco melhores condições de trabalho, possuir licenças ambientais, certificação ISO 9.001 (Sistema de Gestão da Qualidade) e ISO 14.001 (Sistema de Gestão Ambiental) e por manter boa parte de seus processos documentados através de procedimentos operacionais.
Atualmente os equipamentos inservíveis são encaminhados à Central de Triagem e Processamento da cooperativa onde são desmontados e, de acordo com a característica dos componentes, encaminhados para reciclagem das matérias primas, recondicionamento das peças ou tratamento. Outro aspecto importante é que, por meio da engenharia reversa, os cooperados são capacitados para a manutenção de equipamentos eletrônicos.
As coletas de REEE são realizadas mediante solicitação do departamento de Sustentabilidade de acordo com a demanda, geralmente a cada dois meses. A relação de REEE é enviada para a cooperativa para que eles consigam dimensionar a equipe e o porte do veiculo de transporte. Com a confirmação de data e horário da coleta é providenciada uma Nota Fiscal (Simples Remessa) para o transporte de resíduos. Ao final do processo a cooperativa emite um Termo de Responsabilidade pela destinação final dos resíduos.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas, mais de 40 milhões de toneladas de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) são geradas anualmente no mundo. O Brasil lidera o ranking dos países emergentes com o índice de 0,5 kg/per capita. O REEE, se destinado de forma incorreta, pode causar sérios danos à saúde humana e ao meio ambiente, pois possuem em sua constituição produtos químicos perigosos, como metais pesados. Estabelecimentos de saúde têm contribuído de forma cada vez mais significativa para o problema, devido ao aumento da intensidade tecnológica com a velocidade de inovação e obsolescência de equipamentos, sobretudo para diagnósticos.
O modelo atual não contempla o descarte de REEE dos colaboradores, entretanto, visando atender esta demanda o Einstein discute-se a possibilidade de implantar postos de entrega voluntária ainda em 2014.