Plano Nacional de IoT estima mercado de até US$ 200 bi em 2025

0

Os investimentos das empresas e do governo em internet das coisas (IoT) podem gerar divisas que variam entre US$ 50 bilhões e US$ 200 bilhões por ano, para o Brasil, em 2025. Os dados foram divulgados nesta manhã de terça-feira, 3, como parte do estudo contratado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a realização do Plano Nacional de Internet das Coisas.

Feito pelo consórcio formado pela consultoria McKinsey, o escritório de advocacia Pereira Neto Advogados e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD), o estudo tem custo de R$ 17,5 milhões.

Havia a expectativa de o plano ser detalhado pelo consórcio nesta manhã, porém Maximiliano Martinhão, secretário de Políticas de Informática do MCTIC, informou que o estudo agora será apreciado pelo governo, que vai definir metas de curto, médio e longo prazos. Tais metas estarão presentes no Plano Nacional de Internet das Coisas, que deve ser apresentado até o final do ano, "provavelmente em forma de decreto", disse o secretário.

O Estudo reúne mais de 70 proposições para guiar as políticas públicas e ações para internet das coisas entre 2018 e 2022, incluindo propostas focadas nos ambientes mapeados como prioritários: saúde, cidades inteligentes (smart cities), indústria e rural.

Iniciativas como "Hospital 4.0", que reduzem filas de atendimento, custos de operação e infecção hospitalar, entre outros indicadores. Na área rural, destaque para as iniciativas como a "Fazenda Tropical 4.0", que aumentam a produtividade e a qualidade da produção rural brasileira com o uso de dados, que, por exemplo, ajudam a monitorar com precisão os ativos biológicos.

Na área de indústria, a implementação de IoT nas pequenas e médias empresas permite aumentar a produtividade da manufatura local por meio de processos fabris mais eficientes e flexíveis, de integração das cadeias produtivas, e do desenho de produtos e modelos de negócios de maior valor agregado.

O estudo revela, ainda, a necessidade de se aumentar a oferta e qualidade de cursos técnicos, profissionalizantes e de extensão voltados a competências básicas de Internet das Coisas, como também o incentivo à adoção da IoT por meio de financiamento de estudos e projetos pilotos que comprovem benefícios significativos na adoção de tais tecnologias. Outro viés apontado é a importância da implementação de um marco regulatório, com aprimoramento dos aspectos legais e institucionais, para lidar com os crescentes riscos à segurança da informação.

Redes de inovação temáticas, segundo o documento, também serão criadas para que grandes empresas, startups e centros de pesquisa possam gerar cada vez mais projetos exequíveis ao mercado, com a combinação de funding público e privado. Da Costa considera que a internet das coisas é uma agenda mobilizadora perfeita para acelerar a absorção dos ganhos que as tecnologias podem trazer para o País. "Entregaremos o mais rapidamente possível ganhos nos ambientes de cidades, saúde, rural e indústria para a sociedade", disse.

Selecionado ano passado por chamada pública do BNDES, o consórcio McKinsey/Fundação CPqD/Pereira Neto Macedo conduziu o estudo Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil. A primeira fase do trabalho, concluída em março, foi de diagnóstico, para obter uma visão geral do impacto da IoT no Brasil, entender as competências nacionais de tecnologia da informação e comunicação e definir as aspirações iniciais para IoT no País.

A segunda etapa, de seleção e priorização das temáticas verticais e horizontais, terminou em maio. Em setembro, foi finalizada a terceira e última fase dos trabalhos, que resultou na elaboração da visão e do plano de ação para o período de 2018 a 2022. A quarta e última etapa, de suporte à implementação, é voltada à elaboração e implantação do Plano de Ação.

Entre as ações que devem estar destacadas no curto prazo no Plano Nacional de Internet das Coisas está a aprovação da Lei de Proteção de Dados Pessoais, projeto que tramita no Congresso desde abril de 2016, mas é discutido pela sociedade civil desde 2010.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.