O setor de telecomunicações é um dos maiores financiadores do Governo. Isso porque os impostos são recolhidos na fonte, ou melhor, diretamente na conta ou crédito pagos pelo usuário. Segundo Eduardo Navarro, presidente da Telefônica, em alguns estados a carga do setor chega a 45% e pouco sobra para reinvestimento no sistema.
"A carga tributária tem aumentado. Ano passado vários estados revisaram a alíquota de ICMS, como o Rio de Janeiro e Rondônia", cita Navarro. Como exemplo, o presidente da operadora diz que a cada 100 reais pagos pelos usuários, 45 reais são recolhidos em impostos e após a remuneração de toda a cadeia sobram três ou quatro reais para reinvestimento no sistema.
O executivo, no entanto, reconhece a dificuldade de se pleitear uma revisão de impostos diante do atual momento da economia. "Para muitos estados, o serviço de telecomunicações representa entre 25% a 30% da arrecadação", diz.