A receita mundial dos serviços de computação em nuvem (também chamado de cloud computing) deve ultrapassar US$ 56 bilhões ao longo deste ano, um crescimento de 21% em comparação a 2008, de acordo com o Gartner.
A computação em nuvem é considerada uma evolução natural da Internet, e não exatamente uma nova tecnologia ou tendência. Com ela, as informações não ficam presas aos seus servidores físicos, o que traz mais agilidade e transparência aos serviços oferecidos pela Internet. Muitas empresas já estão utilizando aplicações de computação em nuvem nos sistemas internos para se tornarem ainda mais competitivas.
Uma das principais vantagens da computação em nuvem é que os serviços ou produtos podem ser movimentados para outros pontos da rede, de modo a evitar interferências ou interrupções do serviço. Além disso, as empresas ganham versatilidade e praticidade, pois os serviços são obtidos de maneira mais fácil e mais transparente. Para o usuário final, a computação em nuvem acaba com a necessidade de compra de softwares, pois o consumidor pode "alugá-los", pagando apenas pelo uso do que foi feito.
A segurança é outra tecnologia que caminha em paralelo. Há alguns anos as empresas trabalham na evolução da segurança das aplicações em nuvem.
Outra forte tendência de substituição dos tradicionais Data Centers pela computação em nuvem é a questão do custo de manutenção e gasto de energia. Segundo um estudo realizado por pesquisadores das universidades Berkeley e Stanford, financiado por Microsoft e Intel, o custo de eletricidade (incluindo refrigeração, alimentação de reserva e distribuição de energia) representa 50% do custo anual da manutenção de um Data Center.
Um dos desafios mais importantes para a total implementação da computação em nuvem é a criação de uma plataforma de referência de TI que permita que todos os componentes tecnológicos operem na nuvem.
Já existem no mercado algumas soluções que possibilitam a computação em nuvem, como servidores que utilizam o processador da Intel Nehalem EP, também chamado de Xeon 5500. Este processador tem a capacidade de rodar aplicativos em hardware otimizados para melhor performance. Além disso, oferecem ótima eficiência no consumo de energia para a redução dos custos com eletricidade.
Outro exemplo é a tecnologia vPro da intel por exemplo, que já acompanha essa tendência permitindo o gerenciamento remoto de desktops e notebooks com segurança, abrindo novos horizontes para os prestadores de serviços, diminuindo a necessidade de manutenção local e até mesmo, agendamento de forma pro ativa de manutenções remotas ou locais, quando não for possível resolver remotamente.
A computação em nuvem é uma tendência que veio para ficar e que vai trazer diversas vantagens para usuários e empresas, gerando oportunidades de novos negócios. Os Data Centers estão se tornando cada vez mais poderosos e com custos menores, o que leva a um crescimento do poder computacional e ao mesmo tempo preserva o ambiente, utilizando-se tecnologias mais eficientes, mas para isso as empreas devem investir considerando as tecnologias corretas para essa realidade, de forma a usufruir de todos os benefícios oferecidos.
* Marcos Fugulin é gerente de negócios e marketing América Latina da Intel