Como agregar mais segurança à nuvem

0

A terceirização tornou-se uma realidade adotada pela empresas com serviços de computação em nuvem. Cada vez mais comum, o processo, antes gerenciado internamente pela própria companhia, agora dispõe de plataformas externas implantadas no formato de gerenciamento partilhado em etapas. Dessa forma, os usuários têm a vantagem de ter sistemas com níveis de segurança e confiabilidade semelhantes ou até superiores.
Uma pesquisa recente, que abrangeu Reino Unido, França e Alemanha, revela que segurança é o fator de maior relevância para a integração de soluções de nuvem, representando cerca de 65% das empresas consultadas. O que é plenamente justificável. O cenário aponta que, de maneira geral, as soluções de integração em nuvem são estruturadas a partir de três pilares: infraestrutura, plataforma e aplicação, que se interligam e atuam como engrenagens para o funcionamento da cadeia de suprimentos de dados. Cada um desses elos detém demandas próprias no que se refere à segurança de processos, sendo assim, oferecer um atendimento direcionado para cada uma dessas categorias permite a melhora no fluxo de informações.
Nesse modelo de ação, há a maleabilidade do gerenciamento de cada componente, abrindo a possibilidade de o mesmo de ser gerido por um prestador de serviços diferente daquele que o hospeda. Isso atuaria como facilitador na integração desses pilares, que têm dificuldade em estabelecer um nível de segurança que assegure todos os momentos do processo quando centralizado em um único servidor.
A computação em nuvem, de maneira geral, tem causado grande interesse nos últimos tempos, especialmente em decorrência dos benefícios e das maneiras para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas ou otimizar a sua performance. Esse panorama é visto também como reflexo do grande número de novas companhias que buscam se estabelecer no mercado. E por meio desses indicadores é possível prever uma consolidação próxima de acontecer. Outro fator a ser considerado é o crescimento dos provedores de TI que também dependem da oferta de ferramentas e serviços que integrem as soluções de nuvem.
Dentre os dados do estudo, constatou-se que 27% das companhias pesquisadas, que planejam implantar ou expandir suas instalações de serviços de nuvem baseados em integrações B2B (negociações entre empresas pela internet), afirmaram que entre as expectativas primordiais está a recuperação do melhor custo-beneficio e da conquista da capacidade de infraestrutura de escala.
Fraquezas de segurança na nuvem
Devido ao constante compartilhamento de dados, um dos grandes desafios em termos de segurança é encontrar uma forma de prover um nível constituinte de integração que garanta a segurança das informações durante todo o circuito. É possível mencionar que, do ponto de vista corporativo, a principal vulnerabilidade é enfrentada durante a comunicação da nuvem com a empresa, momento em que acontece o processamento dos dados nos sistemas e aplicativos que estão em utilização pela companhia. Para os usuários individuais, a vulnerabilidade existe especialmente no momento da autenticação de contas, em que é efetuado o logon de um serviço deixando o sistema exposto a invasões. Atualmente, as companhias não estão hospedando e armazenando os serviços de TI no próprio centro de dados, nem mesmo deixando-o centralizado, o que estimula a criação de conexões seguras e de encontrar sistemas de integração adequados.
Engajamento com os prestadores de serviços
Outro número interessante apontado por essa pesquisa mostrou que 32% das empresas disseram não ter o número suficiente de profissionais de TI disponível para manter e operar a estrutura de integração B2B, comprometendo assim a eficácia de sua capacidade atual de integração. Da parcela que planeja implantar ou ampliar o uso da nuvem baseada em integração de serviços B2B, 57% esperam atingir resultados melhores e mais consistentes na utilização de sua equipe de TI. Por outro lado, terceirizar a responsabilidade de gerenciamento deve ser vista a partir de uma análise muito criteriosa e detalhada, afinal não é uma decisão fácil disponibilizar todo o seu banco de dados para que uma empresa externa o administre e mantenha rigorosamente o acordo de confidencialidade na segurança das informações ali contidas.
É necessário ter em mente que a perda de confiança entre a companhia e as empresas parceiras vai muito além dos documentos assinados. Sendo assim, a melhor maneira para as empresas reduzirem os problemas com segurança é fazer uma avaliação, relacionando os benefícios e riscos dessa implementação. Por meio de uma analise prévia é possível identificar qual a vulnerabilidade dos dados nesse circuito e estimar quanto de risco você está disposto a correr. O ideal é encontrar o equilíbrio entre essas variáveis. São as próprias corporações que podem mensurar isso, lembrando que sua credibilidade está sendo colocada em jogo.
A partir de uma perspectiva B2B, utilizar serviços de computação em nuvem agrega-se benefícios como a redução de riscos, pois o provedor pode oferecer garantias de segurança consideráveis, mas esses devem ser mensurados e justificados nos contratos de trabalho previamente estabelecidos.
Para concluir, reforço que é de suma relevância avaliar a necessidade e a maneira com que o serviço de computação em nuvem será utilizado e gerenciado. Lembre-se que este é um mercado em desenvolvimento e ainda há ressalvas. Um estudo criterioso e uma abordagem sensata sobre os prós e contras nunca é demasiada.
*Marcelo Ramos, diretor-presidente da Sterling Commerce para a América Latina.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.