Uma pesquisa realizada pela KPMG e que contou com a participação de presidentes de empresas de tecnologia e de telecomunicação brasileiros apontou que 44% deles disseram que são muito significantes as demandas de investidores, reguladores e clientes por relatórios e transparência sobre questões ambientais, sociais e de governança (ESG, da sigla em inglês). Esse percentual passa para 62% quando comparado com as respostas dos CEOs desses segmentos localizados na América Latina. O estudo CEO Outlook 2020 foi realizado com executivos do mundo todo, incluindo o Brasil.
Quando questionados sobre de onde vem a maior demanda e pressão por maior transparência nos relatórios de ESG, 60% dos entrevistados brasileiros disseram que elas partem dos clientes enquanto 43% dos líderes da América Latina apontaram que ela vem dos investidores.Já sobre como a organização que eles lideram divulga informações tributárias publicamente como parte de uma abordagem ambiental, social e de governança corporativa, 56% dos brasileiros disseram que divulgaram esses dados de forma limitada como parte do ESG, em contraponto aos 57% dos líderes latino-americanos que afirmaram que realizam uma divulgação de alto nível.
"Os fatores ambientais, sociais e de governança têm se mostrado importantes para os líderes das empresas desses setores e vão determinar a convergência dos próximos grandes investimentos a partir da transparência na implantação nas melhores práticas", analisa o socio de tecnologia, mídia e telecomunicação da KPMG Brasil, Márcio Kanamaru.
Com relação à transformação digital, 67% dos CEOs brasileiros disseram que a organização que lidera está bem preparada para um futuro ataque cibernético em acordo com o que 47% líderes latino-americanos afirmaram. Quando questionados se eles concordam com a estratégia de investimento digital que utilizam, 56% dos brasileiros apontaram que precisam ser mais rápidos na implementação de investimentos para oportunidades digitais e no desinvestimento de negócios que enfrentam a obsolescência digital, em comparação com 51% da América Latina que disseram ter uma estratégia de investimento digital agressiva.
Já no que diz respeito aos objetivos de crescimento e transformação, 56% brasileiros afirmaram que estão priorizando e colocando mais investimento de capital na compra de novas tecnologias do que no desenvolvimento de habilidades e capacidades da força de trabalho. NO mesmo caminho estão 62% dos líderes Latam.
"Apesar de a transformação digital ainda estar em curso nos setores de tecnologia e de telecomunicação, trata-se deum alicerce importante para transformação do mundo virtual. O desafio agora está na implantação do 5G que vai abrir novas oportunidades nessas indústrias", finaliza o sócio.
O sócio-líder da prática de private enterprise da KPMG no Brasil e América do Sul, Jubran Coelho, faz também um paralelo sobre o tema dentro do universo de empresas privadas e ecossistema de startups de tecnologia do setor em estágio mais avançado de crescimento. "O ESG e a transformação digital, potencializada pela internet das coisas com o 5G mudarão mais uma vez a velocidade do ambiente de investimentos e desinvestimentos no país. São frentes de extrema importância para as empresas que querem fidelizar seus consumidores e acessar o mercado de capitais na dinâmica atual. Deve-se priorizar essas frentes sem deixar para o futuro", complementa.
[…] também em adotar práticas de preservação ambiental, de utilização consciente de recursos naturais e, ainda, de relações econômicas que verdadeiramente possam fazer com que as pessoas mantenham […]