Nesta quinta-feira, 3, considerado o Dia Nacional de Combate à Pirataria, a ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) deu início à destruição de mais de 2,1 milhões de CD's e DVD's contendo software ilegal. O material é resultado das operações de busca e apreensão realizadas pelas autoridades nos últimos anos e estava armazenado sob responsabilidade da entidade, que é fiel depositária do material até ele receber autorização judicial para ser destruído.
O diretor Jurídico da entidade, Manoel Antônio dos Santos, explica que o crime de pirataria de software traz preocupação não só para o setor de tecnologia e para o consumidor, mas também para a sociedade ao deixar de arrecadar receitas e impostos, que poderiam ser revertidos em forma de benefícios para educação e saúde, além de estar diretamente ligado ao crime organizado.
"É importante destacar também que, por meio da ABES – entidade que representa o setor – as empresas de software lesadas com o crime de pirataria ainda precisam arcar com as despesas de armazenamento e logística desse material apreendido durante anos até que o processo seja concluído e o material receba autorização para ser destruído", explica.
Segundo o advogado, nos anos 80, o índice de pirataria chegava a mais de 90%. Hoje o índice caiu para 50%. Com a migração de grande parte da pirataria para o ambiente virtual, a entidade tem investido atualmente em seu serviço de Monitoramento de Internet e no Portal de Denúncias Anônimas contra a Pirataria de Software.
De acordo com a entidade, em 2015, até o mês de novembro, o serviço de Monitoramento de Internet da ABES conseguiu remover cerca de 65 mil anúncios, links e sites com conteúdos que davam acesso a arquivos que violam o Direito Autoral de Software dos associados da entidade.