A VELVT, plataforma de investimentos em Late-Stage Venture Capital, que visa ser a solução de liquidez para acionistas de empresas de tecnologia em estágio pré-IPO, acaba de captar R$ 17 milhões em sua primeira rodada de investimentos liderada pelo GFC (Global Founders Capital). O aporte conta ainda com participação de fundos como Headline, Yolo Ventures, Armyn Capital e de anjos e co-fundadores de grandes empresas de tecnologia da América Latina, Índia, e África, como Nubank, Hashdex, Nomad, Favo, Locus, Carbon, entre outras.
Os recursos serão utilizados para impulsionar o lançamento da plataforma da VELVT no mercado brasileiro, previsto para o segundo trimestre do ano que vem. A empresa nasce com o objetivo de democratizar o acesso de investidores ao mercado de Late Stage Venture Capital por meio de uma plataforma B2B2C de fracionamento de ações privadas e trabalhará inicialmente com seletos bancos digitais, wealth managers, e family offices na integração das oportunidades da VELVT em seus sistemas via API para oferecimento às suas bases de clientes.
"Em mercados maduros, como os Estados Unidos ou a Europa, é mais fácil ter acesso a esse tipo de aplicação em empresas em fase pré-IPO. Queremos que isso se torne uma realidade no Brasil também, sendo a conexão entre quem faz a gestão das carteiras e dos portfólios de investimento, as tech companies, e os seus acionistas", afirmam os fundadores da VELVT, Edouard de Montmort e Carlos Naupari.
Para 20221, a VELVT lançará seu produto de "Secondary-as-a-Service" trabalhando de perto com startups em growth e late stage, visando organizar o processo de oferta de ações secundárias dando liquidez aos seus atuais e ex colaboradores, fundos e advisors. "Vemos muitos amigos que fazem parte dos founding teams de empresas em estágio avançado que são ricos no papel, mas carecem de liquidez e estão em um momento de realização de sonhos. A VELVT chega ao mercado para ajudar a transformar esses sonhos em realidade", diz Edouard. Já para Naupari, é fundamental para as startups mostrar a percepção de valor dos stock options oferecidos e ter ofertas secundárias mais recorrentes e organizadas, pois ajuda a atrair e reter talentos, assim como entender de que modo o mercado está precificando as ações da empresa.
Naupari e de Montmort lembram que o Brasil passa por um momento único do cenário de Venture Capital com o recente boom de muitas startups, as recentes safras de IPOs e unicórnios. Segundo eles, isso mantém o apetite de investidores para o setor de tecnologia do país e gera oportunidades para que outras companhias em estágio avançado de desenvolvimento sigam o mesmo caminho.
De acordo com o último Credit Suisse Global Wealth Report, o Brasil tem aproximadamente 220.000 pessoas de "High Net Worth" definidos como investidores com US$ 1 milhão ou mais em liquidez para aplicar em ativos financeiros. Em uma análise tradicional, todo portfólio desse tamanho deve ter no mínimo uma composição de 5% investido em ativos de Private Equity, Venture Capital ou investimentos alternativos. Ou seja, é um mercado que pode gerar anualmente em torno de US$ 12 bilhões no Brasil e US$ 44 bilhões na América Latina.
"Buscamos o pioneirismo na democratização ao acesso à oportunidades exclusivas de Venture Capital e Private Equity no Brasil. Para isso, projetamos colocar R$ 1 bilhão em ofertas de ações de late-stage Venture Capital até o fim de 2022", afirma de Montmort. A empresa conta com um time de colaboradores espalhados em dois escritórios: São Paulo e Miami, nos Estados Unidos.
O modelo de negócio da VELVT é em grande parte baseado na remuneração em cima do sucesso dos investimentos da plataforma. A empresa cobra uma porcentagem de performance em cima do valor investido, além de custos baixos de gestão. Vale ressaltar que para o lançamento da VELVT, foi preparado um jantar com 30 a 40 principais investidores brasileiros e norte-americanos, que será realizado no dia 7 de dezembro no Hotel Fasano em Nova York.