A partir do dia 1º de janeiro de 2025, 2.998 municípios brasileiros terão novos prefeitos e prefeitas. Nessas cidades, onde haverá transição de governos, os gestores e suas equipes técnicas enfrentam os desafios de entender o funcionamento da administração pública, ao mesmo tempo em que precisam preservar serviços e projetos relevantes para os cidadãos. Para essa tarefa, a tecnologia de sistemas de gestão surge como aliada importante.
Primeiramente, é necessário reconhecer que administrar um município envolve lidar com uma estrutura complexa de informações. Há um volume diversificado de dados sobre orçamento, despesas, receitas, contratos públicos, de servidores, programas sociais, saúde, educação e infraestrutura, distribuídos por setores e secretarias, muitas das quais operando com suas próprias regulamentações e necessidades.
Para os prefeitos que iniciam seus mandatos, ter uma visão geral deste quadro administrativo que oriente as primeiras decisões de governo é uma tarefa tão fundamental quanto desafiadora.
É neste contexto que soluções tecnológicas aparecem como uma ferramenta valiosa para uma gestão eficiente de dados, pois pode garantir que novos gestores tenham uma visão clara e centralizada das operações, facilitando tanto a tomada de decisões estratégicas quanto a transparência.
Nesse sentido, um ponto de atenção relevante para os novos prefeitos são as obrigações com os Tribunais de Contas Estaduais (TCEs) e da União (TCU). O acesso a dashboards com informações financeiras e operacionais auxilia os gestores a entender rapidamente o estado das contas e a organizar as informações para as auditorias dos tribunais. Sem contar que processos automatizados evitam erros humanos, aumentando a precisão e segurança dos dados enviados aos TCE e TCU. Da mesma forma, a possibilidade de integração com a própria Secretaria do Tesouro Nacional torna mais rápida e assertiva a manutenção do sistema, que pode ser atualizado conforme as alterações são publicadas pelo órgão federal, facilitando a prestação de contas.
Além de auxiliar os gestores nessas obrigações, a utilização de sistemas inteligentes para gestão pública se mostra uma alternativa eficaz para melhorar a transparência como um todo – uma medida necessária quando avaliamos o quadro atual brasileiro. Uma pesquisa realizada pela Atricon (Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil), divulgada em 2023, apontou um índice de transparência nos portais públicos do país de 58%. A média foi considerada insuficiente por especialistas, e cidades com até 10 mil habitantes, por não serem obrigadas a disponibilizar os dados da gestão pública de forma online, foram apontadas como as principais responsáveis pelo índice reduzido.
Como podemos observar, em última análise, o resultado da utilização de soluções tecnológicas é uma administração pública mais eficiente para quem está na ponta, o cidadão. E os prefeitos e prefeitas que iniciam seus mandatos em 2025 têm a oportunidade de caminhar ainda mais nesse sentido. Enquanto muitas prefeituras ainda enfrentam dificuldades com sistemas antigos ou processos manuais, que podem gerar erros, atrasos e desperdício de dinheiro público, investir em soluções de tecnologia modernas e eficientes é o caminho para gestões públicas em sintonia com as demandas e os desafios da atualidade.
Aldo Garcia, CEO da Betha Sistemas.
