Protegendo equipamentos de autoatendimento contra ataques cibernéticos

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A crescente digitalização e automação dos serviços financeiros tornaram os equipamentos de autosserviço, como caixas eletrônicos, totens e terminais de autoatendimento, parte fundamental da infraestrutura de acesso à moeda e aos serviços bancários. No entanto, essa transformação também trouxe desafios significativos de segurança. Diferentemente de outros dispositivos, essas máquinas funcionam de forma autônoma e são frequentemente localizadas em áreas remotas ou com pouca supervisão humana, o que as torna alvos atraentes para criminosos.

Os riscos que podem afetar esses dispositivos não se limitam a métodos de força bruta. Hackers frequentemente buscam explorar brechas no sistema, tanto físicas quanto lógicas. Ataques como Jackpotting (quando criminosos manipulam o hardware ou software do terminal para liberar grandes quantias de dinheiro) ou de Man In The Middle (quando os dados das transações são adulterados para realização de transações fraudulentas, alterando valores ou criando falsas autorizações) são exemplos de como criminosos podem acessar e manipular os sistemas desses terminais.

A complexidade desses ataques é um reflexo da sofisticação das técnicas utilizadas. Para os bancos e instituições financeiras, proteger suas redes e sistemas contra essas ameaças é crucial, pois os danos podem ser tanto financeiros quanto reputacionais. No entanto, os sistemas de segurança convencionais não são suficientes para mitigar os riscos em um ambiente onde os terminais funcionam sem a supervisão constante de um operador humano.

A solução para esse desafio está na implementação de soluções específicas com múltiplas camadas de segurança. No caso dos equipamentos de autoatendimento, isso significa utilizar as tecnologias mais avançadas disponíveis para garantir a proteção tanto contra ataques físicos quanto lógicos. As camadas de proteção precisam ser específicas para cada tipo de ameaça e devem atuar de maneira coordenada para evitar qualquer brecha que possa ser explorada por criminosos.

Entre as abordagens mais eficazes estão: a proteção da BIOS para evitar acessos indevidos ao boot dos equipamentos, a criptografia de disco para impedir o acesso aos dados armazenados, seja para o roubo de informações ou para a instalação de algum malware, a hardenização (configuração segura) do sistema operacional, a atualização frequente do software com os patches mais recentes, o acesso remoto e seguro ao equipamento, a utilização de lista permissiva de aplicativos e de dispositivos USB e a análise comportamental do equipamento são exemplos das soluções utilizadas. Por se tratar de autoatendimento, utilizamos soluções desenvolvidas pelos especialistas da TecBan especificamente para equipamentos que precisam se auto proteger.

A segurança desses dispositivos é um desafio contínuo, mas com as tecnologias certas, é possível criar um sistema robusto que minimize os riscos e proteja tanto as instituições financeiras quanto os usuários finais. Assim, compreender as diversas ameaças e adotar soluções avançadas para monitoramento e proteção dos equipamentos de autoatendimento não é apenas uma necessidade técnica, mas um compromisso essencial com a confiança e a integridade do sistema financeiro, cada vez mais dinâmico e exposto a novas ameaças.

Fabio Vallada, especialista de produtos de cibersegurança na TecBan.

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