O aplicativo de transporte particular Lyft, maior rival da Uber nos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira, 4, que levantou US$ 1 bilhão em uma nova rodada de investimentos, da qual a General Motors participou com US$ 500 milhões. Como parte do acordo, a montadora passará a ter um assento no Conselho de Administração da Lyft, informaram as empresas. Com o novo aporte, o Lyft passa a ter valor de mercado de US$ 5,5 bilhões.
Participaram também da rodada de investimentos a Kingdom Holding, fundo de investimento do príncipe saudita Alwaleed bin Talal, que entrou com US$ 100 milhões, a empresa de fundos mútuos Janus Capital Management, a chinesa Didi Kuaidi Joint Co., dona do aplicativo de transporte individual de mesmo nome, e o gigante do comércio eletrônico chinês Alibaba.
O investimento da GM na Lyft evidencia a pressão que a tradicional fabricante de automóveis está enfrentando para acompanhar as novas tendências que devem transformar a indústria automobilística na próxima década, incluindo a crescente disponibilidade de aplicativos de transporte e a corrida rumo aos carros autônomos. Ele também é parte do plano da montadora para começar a desenvolver carros autônomos.
"Achamos que o modelo de transporte tradicional continuará a ser uma parte muito significativa do cotidiano urbano. Mas vemos que o compartilhamento de automóveis particulares está crescendo muito rapidamente", disse presidente da GM, Dan Ammann, em uma entrevista ao USA Today. Segundo ele, a parceria — um dos maiores investimentos da GM em outra empresa — é resultado da visão comum das duas empresas de que os veículos autônomos chegarão primeiro aos consumidores que usam serviços de compartilhamento, mais do que de carros particulares.
Segundo o presidente e cofundador da Lyft, John Zimmer, o aporte será aplicado no desenvolvimento de novos produtos e à consolidação da marca. A Lyft tem crescido rapidamente nos últimos anos graças, em parte, à sua capacidade de aplicar em novos produtos, como Lyft Line, serviço de compatilhamento de automóveis que reduz os custos para os consumidores. Atualmente, a empresa opera em 190 cidades, contra apenas 65 no início de 2015.