Com empresas sob extrema pressão de gerentes e funcionários para que desenvolvam e implementem aplicações móveis, a fim de acomodar os diversos estilos de trabalho móvel, o Gartner prevê que mais de 50% dos aplicativos móveis implantados em 2016 serão híbridos. De acordo com a consultoria, as empresas estão começando a dar preferência a aplicações que operam em várias plataformas em razão do fenômeno conhecido pela sigla BYOD (bring your own device, ou "traga seu próprio dispositivo").
"Mobilidade sempre foi um tópico separado para profissionais de TI, mas agora está influenciando as estratégias nas áreas de capacitação tecnológica e arquiteturas corporativas", disse Ken Dulaney, vice-presidente e analista do Gartner. "Cada vez mais, as empresas estão descobrindo que eles precisam suportar múltiplas plataformas, especialmente porque o BYOD ganha força."
Ambiente corporativo
O Gartner prevê ainda que, até 2014, a Apple terá uma presença nas corporações tanto quanto a Microsoft tem hoje. “Embora o iPhone e iPad já sejam bem aceitos nas empresas, os laptops, notebooks e desktops da Apple não são tão comuns no ambiente corporativo", ressalta o vice-presidente e associado do Gartner, David Mitchell Smith. "Daqui pra frente, a Apple continuará se beneficiando da consumerização de TI e a trabalhar na evolução dos Macintosh para que assumam mais características do sistema operacional iOS, o que contribuirá para maior aceitação deles nas empresas."
Já os sistemas móveis da Microsoft, como o Windows Phone e Windows 8 conseguirão alguma aceitação das empresas, em grande parte devido ao relacionamento que a fabricante de software construiu e aos recursos de gerenciamento que seus produtos proporcionam. No entanto, ao contrário da Apple, as ofertas da Microsoft não se beneficiarão da consumerização, que é impulsionada primeiramente pela demanda dos consumidores, e, depois, pela demanda de consumidores que querem levar a tecnologia para o local de trabalho.
Dentro do mercado de smartphones, o Gartner projeta que ainda neste ano aparecerão os primeiros aparelhos de US$ 50 nos mercados emergentes, já que novas fabricantes, incluindo as marcas chinesas, têm contribuído para reduzir a curva de custo.
