Sai a MP com o programa de desoneração de redes; regulamentação trará detalhes

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Foi publicada nesta quarta, 4, no Diário Oficial, a Medida Provisória 563/2012 que cria, entre outros programas, o Regime Especial de Tributação do Plano Nacional de Banda Larga Para Implantação de Redes de Telecomunicações, o REPNBL – Redes. É uma MP longa, que inclui vários aspectos do pacote de desonerações anunciado pelo governo. Os artigos que tratam do REPNBL são os de números 24 a 29.

A maior parte das regras ainda depende de uma regulamentação específica, a ser editada pelo Ministério das Comunicações. Mas o escopo central do programa é a "desoneração para projetos de implantação, ampliação ou modernização de redes de telecomunicações que suportam acesso à Internet em banda larga, incluindo estações terrenas satelitais que contribuam com os objetivos de implantação do Programa Nacional de Banda Larga".

As regras de habilitação e seleção é que ainda dependem de regulamentação posterior. Mas está claro que elas deverão 1) reduzir as diferenças regionais; 2) modernizar as redes de telecomunicações e elevar os padrões de qualidade propiciados aos usuários; e 3) massificar o acesso às redes e aos serviços de telecomunicações que suportam acesso à Internet em banda larga.

Segundo a Medida Provisória (MP), o projeto a ser apresentado deve contemplar obras civis, especificações e a cotação de preços de todos os equipamentos e componentes de rede vinculados, e não poderá incluir os serviços de operação, manutenção, aluguel, comodato e arrendamento mercantil de equipamentos e componentes de rede de telecomunicações.

Segundo a MP, os equipamentos e componentes terão um percentual mínimo de conteúdo nacional a ser estabelecido em regulamentação.

Conforme já era esperado, o prazo para apresentação dos projetos é até 30 de junho de 2013, mas a desoneração vale até o final de 2016. O programa não vale para empresas cadastradas no Simples.

Os benefícios de que trata a MP somente poderão ser usufruídos nas aquisições, construções, implantações, ampliações ou modernizações realizadas a partir da data de habilitação junto ao Minicom, ou seja, não vale para obras em andamento.

Detalhamento

O detalhamento das medidas e os próximos passos a serem definidos pelo Ministério das Comunicações serão apresentados pelo diretor de indústria, ciência e tecnologia do Ministério das Comunicações, José Gontijo, durante o Seminário ConvergeTec, realizado pela revista TELETIME nos dias 10 e 11 de abril, em São Paulo.

O evento tem como foco a discussão de diretrizes tecnológicas e estratégicas das empresas, tanto para redes 4G quanto para redes de core e fibra. Além do Minicom, o evento terá a presença dos principais executivos das áreas de tecnologia, engenharia, rede e planejamento das operadoras de telecomunicações. A programação completa pode ser conferida no site do evento e as inscrições também podem ser feitas online ou pelo telefone 0800 771 5028.

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