Serviços de voz impulsionam resultados trimestrais da "nova" TIM

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Em fevereiro do ano passado, um mês após substituir Mario Cesar Pereira de Araujo na presidência da TIM, o italiano Luca Luciani prometia uma verdadeira revolução nos indicadores financeiros e operacionais da operadora. Durante a teleconferência para comentar os resultados do último trimestre de 2008 e do ano, o executivo anunciou um plano de "relançamento" da companhia, com o reposicionamento da marca e mudanças no alto escalão e nas áreas financeira e comercial, a serem implementadas ao longo de 2009. Nesta terça-feira, 4, a TIM divulgou o balanço financeiro do primeiro trimestre de 2010 em clima de celebração pelos resultados do primeiro ano de relançamento da operadora.
A TIM encerrou o primeiro trimestre do ano passado com prejuízo líquido de R$ 165 milhões. No primeiro trimestre deste ano, o lucro líquido foi de R$ 30 milhões. E o grande responsável pelos bons indicadores, segundo Luca Luciani, foi o foco nos serviços de voz, principalmente os planos pré-pago (Infinity) e pós-pago (Liberty). Os números comprovam: a receita líquida trimestral de serviços da companhia cresceu 5,4% em relação a igual período do ano passado, totalizando R$ 3,1 bilhões. Mas se forem considerados só os serviços de voz, o crescimento da receita foi de 12% ano a ano. A média de minutos por assinante (MOU) atingiu 100 minutos, 42% a mais comparada aos 70 minutos de igual trimestre de 2009. Em termos de tráfego total, o aumento foi de 64% ao ano. A receita média por usuário (ARPU) registrou queda de 8,6%, caindo de R$ 26,2 no primeiro trimestre de 2009 para R$ 24 em igual trimestre de 2010. Desse total, apenas R$ 3 são referentes aos serviços de dados, tendência que deve se manter ainda no primeiro semestre deste ano. No entanto, Luciani demonstrou não se importar muito com o crescimento dos serviços de dados, que praticamente não ocorreu na TIM enquanto nas demais concorrentes gira em torno de 50%. "O serviço de voz é três vezes mais rentável que o de dados. E o nosso ARPU na componente voz é maior que o das outras operadoras", diz Luciani, que salienta que o mercado de serviços de voz até 2012 movimentará cerca de R$ 56 bilhões no País, contra somente R$ 6,7 bilhões de dados. "Por isso, nossa prioridade é e continuará sendo a voz", acrescenta.

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