Com o lançamento do road show para promover as ações, o Facebook atualizou o pedido de abertura de capital e precificou os papéis entre US$ 28 e US$ 35. Isso eleva o valor de mercado da empresa para US$ 96 bilhões, um recorde entre companhias dos Estados Unidos. Se, de fato, este valor for alcançado na oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), esperada para daqui a duas semanas, a rede social ficará a frente do Google, que em 2004 foi avaliado em US$ 23 bilhões. Além disso, se equipararia ao valor de mercado de gigantes como o McDonalds, cuja capitalização de mercado gira em torno de US$ 98 bilhões, e da Amazon, com US$ 103 bilhões. Isso também fará de Mark Zuckerberg, fundador do site, um maiores bilionários dos Estados Unidos – com participação acionária de 57,3%, ele terá no bolso US$ 18,7 bilhões.
De acordo com o The Wall Street Journal, o maior IPO de uma empresa americana foi registrado em 1999, quando a companhia de entregas United Parcel Service (UPS) alcançou US$ 60,2 bilhões de valor de mercado.
O maior desafio para as ações do Facebook na Nasdaq é provar aos investidores a eficácia da compra de produtos anunciados no site. Além disso, a companhia ainda não conseguiu monetizar o negócio acessado por meio de dispositivos móveis, meio de uso de milhões de pessoas. Os segmentos de social commerce e meios de pagamento também são apontados como ramos com potencial de crescimento e uma forma de o site ficar mais independente dos anúncios nas páginas – 85% de sua receita são provenientes da publicidade online.
No vídeo do road show, Zuckerberg defende vigorosamente a atividade dos cerca de 900 milhões de usuários de seu site. "Eu cresci na internet. Quando eu estava no ginásio, comecei a usar ferramentas de busca como Google e Yahoo", contou. "Era a coisa mais incrível do mundo. Agora eu tinha acesso a todas as informações. A única coisa que faltava eram as pessoas", finalizou.