As empresas não tiveram crescimento expressivo nos níveis de investimento e gastos em comércio eletrônico em 2006, segundo conclusão da 9ª pesquisa anual Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro, divulgada nesta segunda-feira (4/6) pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-EAESP).
Segundo o coordenador da pesquisa, prof. Alberto Luiz Albertin, a baixa expansão se deu porque porque ?as empresas passaram a utilizar de forma efetiva as aplicações de comércio eletrônico que já haviam sido desenvolvidas em anos anteriores, que ficaram na ocasião abaixo da expectativa de crescimento de utilização?.
Os níveis de comércio eletrônico nas transações negócio a negocio (B2B) chegaram 36,45% do mercado total representado um faturamento de US$ 86 bilhões em 2006 e 12,71% no de negócio a consumidor (B2C), movimentando US$ 27 bilhões. Em 2005 era de 20% e 8%, respectivamente. A pesquisa considerou 402 empresas, 26% com faturamento até US$ 4 milhões; 32% de US$ 4 a US$ 20 milhões, e 42% com faturamento superior a US$ 20 milhões.
A média geral dos investimentos em comércio eletrônico foi de 1,11% da receita líquida dessas empresas. Por setor de atividade a pesquisa mostra que esse número foi de 0,34% no segmento de Indústria; 1,04% em Comércio e 1,58% no de Serviços.
Por tipo de utilização, as aplicações de integração das empresas com seus fornecedores predominam em 70% na área de comércio, com a troca eletrônica de dados em plataforma proprietária. Por outro lado, 78% dessas empresas já usam aplicações na integração com clientes.
O uso de cartões de crédito cresceu 16% de 2005 para 2006%, respondendo por 44,89% das transações; o uso de formulário eletrônico teve uma elevação de 11% em sua utilização, enquanto o catálogo eletrônico, sem transação, caiu 1% em relação ao ano anterior.
A pesquisa revela ainda o crescimento de aplicações de customização de massa, motivado por modelos de negócio como YouTube, que nos anos anteriores estava estagnado.
?O cenário de comércio eletrônico no Brasil comprova a consolidação da fase de evolução em detrimento da percepção da revolução, inicialmente defendida pelos participantes deste ambiente. As empresas passam a buscar a realização de retorno de investimentos e o estabelecimento de métricas eficientes?, conclui a pesquisa.
Mais informações sobre a pesquisa em www.fgvsp.br/cia/ned