Novo diretor do Serpro diz que pretende acabar com preconceitos ao software livre

0

Tomou posse nesta segunda-feira (4/6) o novo diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Vinicius Ferreira Mazoni. A cerimônia de troca de cargo foi realizada no auditório da empresa, em Brasília, com a presença do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, do secretário da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), Rogério Santana e outras autoridades do governo e do Serpro.

Mazoni assume o cargo no lugar de Wagner Quirici, que no discurso de despedida ressaltou os índices alcançados pelo Serpro no período em que esteve à frente do órgão. Já o novo diretor-presidente declarou acreditar na cooperação dos setores de informática pública para alcançar a excelência do serviço prestado à sociedade. Mazoni afirmou que irá manter a estrutura robusta do Serpro, elogiou o trabalho realizado pela diretoria, mas enfatizou a necessidade de inovar. "Sempre há espaço para aperfeiçoar, para fazer o novo, o diferente, com o objetivo de qualificar as ações do estado brasileiro e resgatar e valorizar a cidadania."

O executivo disse se orgulhar por ter em sua trajetória profissional, a marca do desenvolvimento e compartilhamento do software de códigos abertos. "Não é a tecnologia do software livre, em si, que mais importa, mas sim a idéia do compartilhar, de trabalhar a cooperação contra o processo de competição", ressaltou Mazoni. Para o diretor-presidente, é necessário que os trabalhadores do setor público na área de informática cooperem entre si, para acelerar a qualidade de vida dos brasileiros, através de soluções eficazes e dentro da perspectiva do estado moderno.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, e o secretário da SLTI, Rogério Santana, declararam estar confiantes na competência do novo diretor-presidente à frente da empresa. "O Serpro representa um desafio para quem chega. A empresa precisa repensar seus métodos, desenvolver-se com agilidade, atender à necessidade do cliente e da sociedade brasileira", acrescentou Santana. Machado acrescentou que acompanhará de perto a evolução da empresa. "Reinventar-se e melhorar a qualidade dos serviços oferecidos serão premissas no trabalho do Serpro."

De acordo Mazoni, sua expectativa de trabalho é manter o Serpro como uma empresa estratégica dentro do governo e torná-la a primeira opção de solução de TI na cabeça dos gestores. "Participar dos programas que respondem à estratégia governamental será a nossa prioridade." Para ele, a informática do setor público precisa ser um corpo integrado. "Queremos trabalhar cooperando com outras empresas, tanto para distribuir conhecimento como para agregar ao nosso", completou.

O executivo disse, ainda, que em sua gestão priorizará o atendimento ao Ministério da Fazenda ? principal cliente do Serpro ? e que pretende implementar uma visão de qualidade, que focalize o cidadão brasileiro. "Pretendo continuar ampliando a base de clientes da empresa, mas o foco estará nas ações que estão na pauta estratégica do governo", acrescentou Mazoni.

Ao longo do trabalho a ser realizado, a idéia do diretor-presidente é desmistificar na mente dos clientes os preconceitos a respeito da utilização de software livre. "Algumas pessoas imaginam que o programa seja frágil por ser desenvolvido em software livre. Precisamos demonstrar a robustez que pode ser alcançada com os programas de códigos abertos. A qualidade e a diminuição dos custos serão outro indicador para o cliente", enfatizou Mazoni, ao dizer a migração de sistemas complexos para plataforma livre, porém, não será feita imediatamente. "Não precisamos gastar dinheiro para refazer soluções, mas chegará o tempo oportuno de revitalizar o programa e aí sim vamos migrar", explicou.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.