O segmento bancário se mantém como líder nos gastos de TI no Brasil e investiu R$ 16,2 bilhões em tecnologia em 2008, crescimento de 9% na comparação com 2007, quando o aporte totalizou R$ 14,86 bilhões, segundo pesquisa "O Setor Bancário em Números", divulgada nesta quinta-feira, 4, pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Deste total, 40% do montante, ou seja, R$ 6,45 bilhões, foram destinados para novas tecnologias e sistemas, o que representou alta de 11,84% frente aos gastos de R$ 5,76 realizados com esta área em 2007.
"Esse fato é muito importante, pois os bancos estão aumentando os seus gastos em novas tecnologias, ou seja, estão preocupados também com o seu avanço tecnológico, não apenas em manter a base instalada. essa é uma tendência que prosseguirá nos próximo anos", frisa Gustavo Roxo, diretor de tecnologia da Febraban.
Os outros R$ 9,75 bilhões investidos pelas instituições financeiras em 2008 foram repassados para a manutenção da infraestrutura de TI, ous eja, despesas correntes com tecnologia. A cifra foi 7% superior na comparação anual.
Os principais focos dos gastos dos bancos em 2008 foram os setores de hardware e de softwares, os quais consumiram, cada, um terço do total. As despesas com hardware somaram cerca de R$ 5,2 bilhões no ano passado, crescimento de 10,9% ante 2007. Já os gastos com software aumentaram aproximadamente 16,7%, para R$ 5,3 bilhões.
Um dos destaques da pesquisa da Febraban foi o avanço do parque instalado de servidores baseados em sistemas operacionais Unix/Linux nos bancos, o qual atingiu 13.690 máquinas no ano passado, entre postos de atendimento e equipamentos centralizados, incremento de 59,3%. Na contramão, os servidores baseados em Windows, da Microsoft, registraram uma desaceleração e cresceram apenas 3%, ficando em 31.150 mil unidades.
Para 2009, Roxo avalia que os investimentos das instituições financeiras em TI devem superar, em valores, os realizados em 2008, inclusive com crescimento percentual mais acelerado do averiguado no ano passado. O executivo observa que o incremento será puxado principalmente pelo processo de consolidação em curso no mercado, o que resultará em gastos para realizar as integrações dos sistemas entre os bancos que se fundiram ou adquiriram outros, caso de Itaú e Unibanco, e do Banco do Brasil, que comprou a Nossa Caixa.
"Apenas no primeiro trimestre, os investimentos dos bancos em TI já cresceu 20%", revela Roxo.
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