HP conclui estratégia de sistemas para big data de olho na EMC

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Nos próximos anos, as empresas devem aumentar significativamente os investimentos em big data – enormes bancos de dados que superam o arquivo de muitas bibliotecas mundo afora –, principalmente no que diz respeito à captação, processamento e extração de informações. É nisso que acredita a HP, que nesta segunda-feira, 4, anunciou a conclusão da sua estratégia de produtos para sistemas convergentes, com a promessa de construir um ecossistema simplificado de soluções e software. O alvo é claro – enfrentar a EMC na área de deduplicação de dados.

"Com o surgimento das mídias sociais e a estrutura de big data, as coisas estão mudando muito rapidamente. A infraestrutura legada, construída nos moldes da 'TI antiga', precisa acompanhar essa mudança", contextualizou o vice-presidente executivo e gerente geral da divisão para o mercado corporativo da HP, Dave Donatelli. Ele evidenciou o potencial desse mercado, uma área-chave para a HP, e citou pesquisa da IDC sobre big data, cuja projeção de receita é de US$ 5 bilhões em 2015.

"Em 2020, necessitaremos armazenar 35 zetabytes de dados, sendo 85% deles de informação humana", destacou o vice-presidente sênior e gerente geral de armazenamento da HP, David Scott, que detalhou a principal evolução do porfólio da empresa – o servidor StoreOnce B62000, evolução do modelo lançado em novembro do ano passado, voltado para a deduplicação de dados. A apresentação foi feita durante o HP Discover 2012, fórum anual que reúne clientes e parceiros de negócios da empresas e que este ano ocorre em Las Vegas, nos Estados Unidos. De acordo com o executivo, a capacidade de processamento foi ampliada em 48%, com a clara intenção de concorrer com a EMC, a qual se referiu o todo o tempo como a "líder do mercado em receita".

Os dados do Data Domain, produto equivalente da rival anunciado há apenas duas semanas, foram inclusive utilizados como parâmetro de comparação. Scott garantiu uma velocidade de backup três vezes superior (100 terabytes/hora) e rapidez de recuperação de dados cinco vezes mais elevada que a concorrente (40 terabytes/hora). Sem citar números, Scott estima preço do terabyte/hora 75% inferior ao da concorrente como fator econômico relevante.

Completam a infraestrutura o software de administração de rede e proteção de dados ANM 9.2, desenvolvido em parceria com a Symantec e heradado da Autonomy, empresa britânica adquirida pela HP por US$ 10,3 bilhões no ano passado. Além disso, ele cita a arquitetura simplificada para rede de armazenamento centralizada (SAN), voltada à virtualização e computação em nuvem.

Reestruturação

Durante o HP Discover 2012, executivos da Autonomy negaram a existência de uma crise na divisão da companhia. Rumores surgiram após a saída do comando do fundador e até então líder da unidade, Mike Lynch, anunciada durante o balanço do último trimestre. Em seu lugar, Bill Veghte, executivo da HP, assumiu o posto de vice-presidente executivo da unidade de software. Além disso, a HP anunciou a demissão de 27 mil funcionários em todo mundo – cortes que não incluem a Autonomy, garantiram eles.

"A Autonomy está tão bem posicionada dentro do ecossistema de soluções de software para empresas da HP que estamos, na verdade, contratando", assegurou Andrew Joiner, CEO de tecnologias multicanais da companhia.  Ele ressaltou que o interesse de expansão da unidade é de nível global, inclusive na América do Sul. Na região, a parceria recém-estabelecida com a Totvs para oferecer soluções integradas é um dos exemplos de ações regionais da empresa.

* A jornalista viajou a Las Vegas a convite da empresa.

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