Estudo defende políticas de informatização nas escolas públicas

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As escolas públicas brasileiras precisam de políticas de informatização fortes para reduzir a exclusão e criar uma cultura digital entre os estudantes. A constatação é do estudo Lápis, Borracha e Teclado ? Tecnologia da Informação na Educação ? Brasil e América Latina, divulgado pela Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (Ritla), em parceria com o Ministério da Educação e o Instituto Sangari.

O estudo se baseou em informações sobre a situação das tecnologias da informação e da comunicação no Brasil (TICs), na América Latina e no mundo, para saber as diferenças entre as pessoas que têm e as que não têm acesso à informática e à internet, especialmente na educação.

De acordo com o levantamento, dos 162 países pesquisados, o Brasil aparece em 49º lugar, com 16 computadores para cada 100 habitantes ? a Suíça está em primeiro lugar, com 86 para cada grupo de 100. Entre os países da América Latina, a Costa Rica aparece à frente do Brasil, em 33º lugar, com 23 computadores para cada 100 habitantes.

Para o coordenador da pesquisa, Júlio Jacobo, o governo precisa promover o acesso das pessoas que têm menos recursos aos centros públicos gratuitos de informática. Ele ressalta que a criação desses centros deve fazer parte de uma política social pública. ?O governo sabe fazer isso. Sabe porque já demonstrou, quando colocou uma política de bolsa escola dirigida para setores que não tinham [recursos]; colocou políticas de bolsa família a setores que não tinham [recursos]; por que não pode colocar uma política de informática a setores que não têm acesso a informática?", questionou.

O secretário de Educação a Distância, do Ministério da Educação, Carlos Eduardo Bielshowsky, disse que a expectativa é de que, até 2010, todas as escolas públicas tenham computadores conectados à rede mundial. ?O governo tem feito um esforço, e por conta disso nós já temos todas as escolas de ensino médio com laboratórios de informática. Até 2010, nós teremos, não só as escolas de ensino médio, mas todas as 132 mil escolas públicas brasileiras com laboratórios de informática conectados em rede".

De acordo com o secretário, neste ano serão entregues 13 mil laboratórios e, até o próximo ano, mais 29 mil laboratórios serão instalados em escolas de ensino fundamental.

O estudo também aponta estratégias para diminuir as diferenças, como o desenvolvimento e a consolidação da infra-estrutura de acesso; o desenvolvimento do domínio das habilidades básicas para o uso do computador pela população e o oferecimento de conteúdos úteis, de interesse da população e apropriados para as novas tecnologias.

Com informações da Agência Brasil.

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