Do total de softwares instalados em computadores pessoais em todo o mundo, em 2005, 35% foram ilegais, acumulando US$ 34 bilhões em perdas relacionadas à pirataria de software. A informação foi publicada na segunda edição do Sage, relatório semestral de segurança da McAfee.
A pirataria de software, somada a de música, de vídeo e de spam é conhecida como ?crime sem vítima?. Atualmente, esse tipo de atividade ilegal é o mais comum. Somente em março de 2005, 243 milhões de músicas foram obtidas ilegalmente, representando 90% do total de downloads. Como resultado, metade dos usuários de redes ponto a ponto (P2P), com idades entre 13 e 25 anos, pararam de utilizá-las por medo de serem processados.
Entretanto, o roubo de identidade continua sendo um dos crimes mais preocupantes da internet e a uma das formas mais lucrativas para os hackers. No início de 2005, mais de 100 milhões de registros com informações pessoais e confidenciais sofreram violações de segurança.
O vírus XSS (Cross-Site Scripting) é bastante utilizado no roubo de informações pessoais dos internautas. O XSS permite que o hacker insira um código malicioso em um link aparentemente confiável, que, ao ser ativado, se hospeda no computador e possibilita o rastreamento dos dados do usuário. Pela dificuldade de detecção do vírus, a vítima, geralmente, descobre que foi infectada da pior maneira possível, por exemplo, ao olhar sua conta corrente.
Outra ameaça descrita no relatório é o spam. O volume de mensagens indesejadas aumentará com o crescimento da banda larga no mundo inteiro. Os spams de imagem e documentos devem ocupar de 70% a 80% de todo o volume de mensagens. Além disso, a expectativa é de que os remetentes de spam desenvolvam maneiras ainda mais criativas de usar imagens.
No estudo, a web 2.0 é responsabilizada por parte do risco na internet, devido ao rápido crescimento de sites, redes sociais, wikis e ferramentas de comunicação. O grande problema é a falta da percepção do usuário em relação ao grau de segurança da tecnologia. O aspecto informal de softwares de mensagens instantâneas, por exemplo, o torna um meio com risco de segurança maior do que o e-mail.
Mas com o avanço da tecnologia, o computador deixou de ser o único alvo dos criminosos virtuais. Nesse cenário, o celular tem se mostrado um candidato ideal para invasão por spyware, devido ao seu poder de processamento crescente e recursos cada vez maiores. Novas tecnologias como câmeras digitiais, internet, GPS e Bluetooth possibilitam ataques nesse tipo de dispositivo. De acordo com a McAfee, o número de malwares direcionados aos smartphones e PDAs sem fio, deve duplicar até o fim do ano.