Acusadas de embargo ilegal, a Visa Europe, a Mastercard Europe e a Teller, fornecedora de serviços de pagamento baseada na Dinamarca, foram notificadas pelo WikiLeaks e a DataCell, empresa de hospedagem do site de divulgação de documentos confidenciais de governos, para que expliquem o motivo de terem interrompido o processamento dos pagamentos em favor do site, quando Julian Assange, fundador do WikiLeaks, resolveu publicar os telegramas diplomáticos dos Estados Unidos.
Caso contrário, elas ameaçam acionar as empresas na Comissão Europeia, braço executivo da União Européia, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira, 4. Assange acusa as empresas de terem violado os artigos 101 e 102 das Regras de Competitividade da União Europeia ao bloquear doações para a WikiLeaks e à DataCell, em 7 de dezembro do ano passado. Além disso, as empresas são incriminadas por violar as leis dinamarquesas de comércio quando paralisaram serviços de pagamento e se recusaram a restabelecê-los.
A Teller reconheceu que está pronta para retomar as transações para o WikiLeaks e a DataCell, mas alega que recebeu ordens da Visa e da Mastercard para manter tais operações bloqueadas. As administradoras de cartões não responderam às acusações ou demonstraram interesse em chegar a um acordo. Na Europa, a Visa é responsável por cerca de 70% do mercado e a Mastercard, 25%, ultrapassando 95% de market share.
A pena por infringir as leis de competitividade de mercado na União Europeia podem chegar a 10% da movimentação financeira das duas companhias. As ações podem ser impetradas em qualquer país membro da União Europeia e estão sendo "trabalhadas" pela WikiLeaks e a DataCell na Dinamarca e na Finlândia.
- Bloqueio