Uma pesquisa realizada entre novembro do ano passado a março deste ano pela consultoria Modus revelou que, quando o assunto é tecnologia aplicada ao supply chain management (SCM), 35% das organizações brasileiras encontram-se no estágio estático, sobrevivendo apenas funcionalmente.
O levantamento envolveu 120 companhias, pertencentes a dez segmentos diferentes e com faturamento maior que R$ 150 milhões por ano, e teve como objetivo direcionar as mudanças e melhorias necessárias ao SCM praticado nas empresas no país.
De acordo com a pesquisa, 53% das empresas também encontram-se no nível reativo, relacionando-se somente com as áreas impactadas. Poucas organizações foram identificadas como proativas com relação à tecnologia (12%), estágio que alavanca a utilização de melhores práticas.
?Nessas empresas mais avançadas, constatamos a realização de um trabalho prévio para definição dos processos, o que possibilitou a adoção da tecnologia mais adequada?, explica Antonio Bolzani Neto, diretor da Modus e responsável pela pesquisa.
Já no item processos, o levantamento mostrou que 38% das companhias estão estáticas, 50% estão reativas e 12% estão proativas.
Quando se fala em tecnologia e processos, nenhuma das 120 organizações operam nos estágios de planejamento integrado e alinhamento estratégico, os mais avançados do SCM. ?Em ambos os itens, verificou-se perfis semelhantes das empresas reativas, o que significa que o processo de gestão do SCM está disperso dentro da organização e reage às necessidades da empresa e clientes, normalmente com maiores custos e baixo nível de serviço?, detalhou Bolzani.
A pesquisa apontou ainda outros dados, como integração interna e externa, estrutura organizacional e planos de investimento em SCM.