A assembléia de acionistas do Yahoo, realizada na sexta-feira, 1º, reelegeu os nove atuais membros do conselho diretor e, com isso, colocou um ponto final na verdadeira novela que havia se transformado as discussões em torno da oferta de compra, no valor de US$ 47,5 bilhões, feita pela Microsoft.
A reunião foi permeada por críticas e elogios aos diretores em relação à oferta da gigante de software, mas mesmo assim o CEO Jerry Yang foi reeleito com 85,4% dos votos. O presidente do conselho, Roy Bostock, permanece, já que obteve com 79,5% dos votos. Os acionistas representam 75,8% do 1,38 bilhão de papéis da empresa.
Um dos maiores críticos da postura do Yahoo foi o megainvestidor Carl Icahn, que detém cerca de 5% de participação da empresa e que acusou o conselho de defender seus próprios interesses e de não avaliar os benefícios possíveis do negócio. Ele havia feito um acordo com o Yahoo para a indicação ao conselho diretor do executivo Jonathan Miller, ex-CEO da AOL, sob a condição de não lançar um disputa de votos durante a reunião para substituir os membros do board. Mas Miller acabou ficando de fora devido a uma cláusula de não concorrência em seu contrato com a Time Warner, que o impede de ocupar um assento no conselho do Yahoo e de outros competidores do grupo de mídia.
Agora com o conselho reeleito, Jerry Yang e os membros da diretoria poderão ter mais autonomia para tomar as medidas necessárias e tentar retomar as operações da companhia, cujas ações já tiveram queda de 31% desde maio, quando a Microsoft retirou a oferta.
