Portugueses estão entre os que menos usam internet na UE

0

Os portugueses estão entre os europeus que menos utilizam a internet apesar de o país estar bem coberto e oferecer possibilidades de conexão acima da média europeia, revela um estudo da União Europeia divulgado em Bruxelas nesta terça-feira, 4. O relatório de 2009 sobre a competitividade digital mostra que o setor fez "fortes progressos" na Europa desde 2005, com 56% dos europeus utilizando regularmente a internet em 2008.
Em Portugal, apenas 38% acessam a internet com frequência – ao menos uma vez por semana –, o que coloca o país em vigésimo segundo lugar entre os 27 estados-membros da UE. Além disso, apenas 29% dos portugueses usam a internet todos os dias, contra uma média europeia de 43%.
O relatório mostra que "Portugal é um dos países com a taxa mais baixa de usuários regulares e frequentes, e tem uma parte elevada da população que nunca utilizou a internet": 54% dos portugueses nunca acessaram a rede mundial de computadores.
Segundo o estudo, 95% da população portuguesa têm a possibilidade de utilizar uma conexão DSL (alta velocidade), um valor acima da média europeia, 92,7%. Nessa categoria, Portugal ocupa a décima segunda posição entre os 27 países da União Europeia.
A Comissão Europeia conclui que Portugal tem uma "posição relativamente forte" na sociedade da informação em termos de aplicações comerciais (e-business e e-commerce) e é um dos líderes em termos das possibilidades oferecidas à população para dialogar com a administração pública (e-government).
Entre as diversas faixas etárias, os jovens europeus entre os 16 e os 24 anos são os internautas mais ativos: 73% criam e compartilham conteúdos online, o que representa o dobro da média da população (35%).
O relatório mostra também que os jovens estão "relutantes em pagar por downloads ou pela consulta on-line de conteúdos como vídeos ou música". Um total de 33%, o dobro da média, diz que não estão dispostos a pagar. Apesar disso, o número de jovens dessa geração que já pagou por este tipo de serviço – cerca de 10% – é duas vezes superior do que entre o resto da população.
"A economia digital europeia dispõe de um formidável potencial para gerar receitas elevadas em todos os setores, mas, para converter esta vantagem em crescimento sustentável e em novos empregos, os governos devem mostrar capacidade de liderança, adotando políticas coordenadas que eliminem os obstáculos aos novos serviços", declarou Viviane Reding, integrante da comissão europeia responsável pela sociedade da informação. As informações são da Agência Lusa.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.