Não há dúvidas de que a migração para a nuvem, como uma das colunas da transformação digital, segue sua marcha alcançando índices de crescimento constantes a cada mês. Apesar disso, os incidentes de segurança relatados com frequência nos últimos meses estão gerando imagens que levam à incerteza quanto à confiabilidade destes ambientes.
Na busca por identificar formas para manter o ritmo da jornada rumo à transformação digital, muitas empresas estão identificando no horizonte a possibilidade de utilizar soluções como a indexação de dados e a criptografia, que ampliam as possibilidades de avanço para corporações que não podem, por motivos de compliance ou de regulação, ou não querem ir para a nuvem por opção estratégica.
Uma pesquisa recente publicada pelo Uptime Institute, entidade reconhecida globalmente pela criação e administração do Padrão de Nível de Topologia e Sustentabilidade Operacional, por suas Certificações e pelas análises de Gerenciamento e Operações de Data Center, detectou que apenas um em cada sete gerentes de TI (14%) consideram o ambiente cloud resiliente o suficiente para executar todas as suas cargas de trabalho.
Além disso, a mesma proporção diz que a nuvem não é resiliente o suficiente para executar nenhuma de suas cargas de trabalho. Outros 32% dizem que a nuvem só é resiliente o suficiente para executar algumas de suas cargas de trabalho.
Apesar de toda a efervescência em torno das discussões sobre a adoção de nuvens, também existe procura por oportunidades de uso estratégico de ambientes físicos protegidos.
Se por um lado a eliminação dos data centers internos traz vantagens como a redução de custos e a agilidade para expansão de uso, por outro lado, algumas organizações ainda preferem ser cautelosas com dados de determinados processos críticos, principalmente quando o tema vazamento de dados permanece em evidência.
Desta forma, é natural que muitos tomadores de decisão de grandes corporações neste momento estejam avaliando com muita atenção a possibilidade de otimizar seu processo legado ao invés de partir para uma mudança radical de infraestrutura.
Neste sentido, a busca é por soluções que combinem elementos de compactação e indexação de dados visando oferecer a economia de espaço necessária para grandes corporações.
Este tipo de solução permite o armazenamento de arquivos de áudio, vídeo, imagens, PDFs e documentos com redução do volume por meio da compressão de dados de até 97% com acesso em tempo real, gerando uma grande economia de recursos com storage e agilidade no acesso aos arquivos, que muitas vezes necessitam ser recuperados rapidamente.
É óbvio que a computação em nuvem permanecerá por muito tempo em sua posição de protagonismo no ambiente institucional por todos os benefícios que ela agregou às metas de crescimento exponencial do mundo corporativo.
Ainda assim, nada impede que outras soluções se desenvolvam e estejam à disposição quer seja por uma simples decisão estratégica quer seja para servir para clarear a situação caso as nuvens se tornem cinzentas por ação dos fraudadores.
Vicente Pinheiro, diretor de engenharia da Stone Age.