Apesar do avanço contínuo do uso da web nas empresas brasileiras, a criação de ambientes digitais colaborativos internos que realmente agreguem valor para o negócio ainda é um grande desafio para maioria das corporações. E entre os problemas para que essa barreira possa ser superada estão a cultura da empresa, a existências de elos de confiança frágeis entre os funcionários ? ou entre estes e a empresa ? e a ausência ou dificuldade de acesso a cases robustos. Estes foram os principais aspectos apontados pelo consultor da Plena Consultores, Cacau Guarnieri, durante palestra nesta quinta-feira (4/10) na 1ª Conferência Web 2.0 Corporate, promovida pelas revistas TI INSIDE e TELETIME e organizada pela Converge Comunicações.
Na opinião do consultor, um grande número de empresas ainda tem uma concepção de web que se baseia na arquitetura da informação clássica, cujo foco é a hierarquização da informação, a usabilidade, a navegabilidade e a medição. Poucas companhias, segundo Guarnieri, entendem que a construção de ambientes digitais participativos vai muito além dessa estrutura tradicional.
O consultor salienta que para criar o que ele chama de uma estratégia vencedora de colaboração, que traga, de fato, ganhos para o negócio, as empresas precisam ter a visão voltada para a arquitetura da informação. Nesse conceito, os pontos para os quais a web deve convergir são a emergência da informação, a vivência, feedback e flexibilidade e análise estratégica. ?As plavras-chaves da web 2.0 são colaboração, inteligência coletiva, participação mashups, abertura e emergência?, diz Guarnieri.
Ele cita como os três grandes conceitos para a construção de uma ambiente digital baseado na arquitetura da informação: a virtualização, a simulação e a ?caixa de areia?. ?No primeiro caso, como o próprio nome diz, trata-se de virtualizar o mundo corporativo. Já o seguinte, envolve simular situações como, por exemplo, a criação de ambientes colaborativos complexos em rede. E, por último, é você usar essa rede como se fosse uma espécie de tanque de areia para o grande salto?, ilustra Guarnieri.
O consultor diz, ainda, que a criação de um ambiente colaborativo exige sejam fixados a estratégia, regras e papéis, a construção de comunidades pelo coletivo de pessoas, o reconhecimento, cenários e avatares. ?Em síntese, a arquitetura da participação enseja a construção coletiva digital, e esse é um grande desafio para as empresas?, finaliza.