A transformação digital tem sido uma grande pauta para as companhias nos últimos anos. Um dos setores que vem ganhando cada vez mais relevância nessa seara é o financeiro. Uma pesquisa realizada pela Febraban com o intuito de mapear os investimentos de bancos em tecnologia, revelou que os aportes devem chegar na casa dos R$35,5 bilhões em 2022, número 18% superior ao investido em 2021. O estudo revelou também que cerca de 58% do orçamento vai para os softwares, com um aumento de 29% no valor investido em relação ao ano anterior.
Esses dados são um reflexo das mudanças estruturais e tecnológicas que temos visto o setor financeiro capitanear nos últimos anos. Essa evolução foi fundamental para atualizar o setor e instituições que precisavam impulsionar mais a agilidade no atendimento aos clientes. Vimos, então, com o surgimento acelerado das fintechs – e o gosto dos consumidores por elas – uma movimentação nas grandes instituições para se adaptar ao futuro e, se possível, tomar a frente na inovação.
Hoje, o setor como um todo, é um dos que mais tem se modernizado em ritmo acelerado, buscando na transformação digital novas formas de fazer negócios e oferecer serviços cada vez mais personalizados para seus clientes. Vimos também a regulamentação do PIX e do Open Banking, além, claro, do surgimento das criptomoedas como um grande motor e impulsionador da inovação tecnológica nos bancos.
Esse movimento beneficia os consumidores, possibilita a oferta de novos serviços e produtos personalizados e rejuvenesce uma imagem que remetia ao antiquado. Mas, é claro, que todo esse empenho em empregar as tecnologias mais modernas e atualizar os antigos sistemas tem seus desafios. Principalmente para as tradicionais instituições, que não nasceram no mundo digital e tem um grande legado.
A modernização e a transformação de um negócio passam por diversas etapas e frentes de atuação, desde a migração para a nuvem, por exemplo, à adoção de sistemas com IA de ponta. É preciso, também, investir massivamente em cibersegurança, em análise de dados, atualizações, enfim, mudar o que engessa. E as instituições têm mostrado estar no caminho certo. Aquele mesmo estudo que eu mencionei anteriormente aponta que as prioridades de investimento das instituições financeiras são a segurança cibernética, inteligência artificial e o open finance.
Essas prioridades mostram o alinhamento dos bancos em buscar a vanguarda tecnológica, podendo abrir portas para outras inovações que ainda estão por vir. Invariavelmente, é fundamental contar com um parceiro de tecnologia confiável que conheça as necessidades do setor e que tenha a capacidade de conduzir a transformação digital por toda a sua jornada. Ter uma visão estratégica para todas as frentes de inovação é primordial para, enfim, se transformar plenamente em um negócio digital.
Ana Viani, Diretora de Vendas para a Atos na América do Sul.