Em decorrência da crise financeira mundial, as empresas estão revendo seus planos em relação aos investimentos em arquitetura orientada a serviços (SOA, na sigla em inglês). O número de companhias que têm interesse em adotar o modelo praticamente caiu pela metade, enquanto que, inversamente proporcional, cresceu a gama daquelas que não querem adotar a tecnologia no momento, segundo uma pesquisa do Gartner.
De acordo com o instituto de pesquisas, desde o início deste ano vem ocorrendo uma dramática queda no número de organizações que estão dispostas a adotar SOA, enquanto no fim de 2007 essa tecnologia fazia parte dos planos de 53% das empresas entrevistadas pelo Gartner, montante que caiu para 25%.
Já em relação às companhias que não têm intenção de implementar SOA, o volume passou a ser de 16% neste ano, contra apenas 6% no ano passado.
A pesquisa também constatou que se antes as empresas consideravam a adoção de SOA como algo inevitável para obter bons resultados, agora isso está em cheque e as corporações preferem evitar custos de tempo e dinheiro com sua implementação nesse momento, adiando as implementações de SOA para o futuro. Além disso, o estudo revelou que a adoção e os planos para a introdução de SOA variam muito de região para região. Globalmente, a adoção de SOA na Europa é quase universal. No entanto, é moderada na América do Norte e atrasada na Ásia.
Atualmente, segundo o Gartner, 53% das empresas já estão utilizando SOA em alguma parte de suas organizações. Outros 25%, não usam SOA no momento, mas têm planos de implementá-lo nos próximos 12 meses, enquanto 16% não têm planos para utilizar SOA em toda a sua infra-estrutura de TI.
Para a realização da pesquisa, o Gartner entrevistou, mais de 200 empresas, entre maio e julho deste ano, as quais tinham mais de mil funcionários. Para complementar, outras três pesquisas subseqüentes foram realizadas em conferências pelo mundo, somando outros 119 entrevistados.
- Planos revistos