O mercado mundial de smartphones bateu novo recorde no terceiro trimestre, de acordo com dados preliminares coletados pela IDC: foram 327 milhões de unidades distribuídas mundialmente pelos fabricantes. O recorde anterior fora no segundo trimestre deste ano, com 301 milhões de unidades. O volume registrado entre julho e setembro representa um crescimento de 25,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a IDC, os mercados emergentes seguem crescendo a taxas acima de 30%, puxados por smartphones Android de gama baixa, enquanto os mercados maduros avançam a uma velocidade de um dígito.
A Samsung continua sendo a líder, mas está perdendo espaço. Ela foi a única dentre os cinco maiores fabricantes cujo volume total caiu em um ano, passando de 85 para 78 milhões de smartphones no trimestre. Seu market share em vendas nesse segmento, que era de 32,5% um ano atrás, agora é de 23,8%. Sua perda de espaço é fruto da intensa competição e do fato de seu top de linha atual, o Galaxy S5, não ter entusiasmado os consumidores.
A Apple manteve a segunda posição, com 12% de share. A empresa vendeu 39,3 milhões de unidades no terceiro trimestre, 16,1% a mais que no mesmo período do ano passado, puxada pelo interesse em torno dos novos iPhones. Seu share, contudo, caiu um pouco: um ano atrás era de 12,9%.
O grande destaque do trimestre foi, sem dúvida, a chinesa Xiaomi, que figura pela primeira vez em terceiro lugar. A empresa registrou um aumento de 211% em vendas em um ano, saltando de 5,6 para 17,3 milhões, o que elevou seu share de 2,1% para 5,3%. A Xiaomi é forte no mercado chinês e em países vizinhos. Para seguir crescendo, terá que se expandir internacionalmente, aconselham os analistas da IDC.
Completam o ranking dos cinco principais fabricantes Lenovo e LG, praticamente empatados, com 16,9 e 16,8 milhões de smartphones vendidos entre julho e setembro, respectivamente. O crescimento anual dos dois também foi parecido: 38% e 39,8%.
Metade do mercado mundial de smartphones, ou 48,6% das unidades vendidas, está distribuída entre diversos outros fabricantes, muitos deles com atuação local. No Brasil, por exemplo, servem de exemplo Positivo e Multilaser. O mesmo se repete na Índia e em outros emergentes.