O executivo-chefe (CEO) do HSBC, Jacques Depocas, disse nesta terça-feira (4/12) que o principal desafio do Brasil, para alavancar o setor de tecnologia da informação no mercado externo, é baixar o custos dos encargos trabalhistas. Ele disse que um profissional de TI na Índia custa US$ 10,8 mil por ano, na China, US$ 17,7 mil e no Brasil, pelo menos de US$ 32,7 mil.
Outra dificuldade apontada por Depocas é a falta de fluência dos empregados na língua inglesa. Mas, segundo ele, esse também é um problema na Índia. O executivo afirmou que, embora os indianos tenham o inglês como segunda língua, a maioria dos funcionários de TI não fala o idioma fluentemente.
A vantagem do Brasil em relação à Índia, em compensação, segundo o CEO, é a maior experiência da mão-de-obra. Ele disse que o país tem tradição no setor e um know-how consolidado, além de um mercado interno considerável.
Depocas participou do seminário "Exportação de Software e Serviços e Formação de Recursos Humanos em TI", promovido pela Frente Parlamentar de Informática, em Brasília.
No seminário, o vice-presidente da empresa de tecnologia da informação CPM Braxis, Maurício Minas, também citou vantagens brasileiras para se sobressair no mercado de TI. Ele disse que o Brasil já aparece como alternativa de offshore das multinacionais por estar mais perto geograficamente e culturalmente dos EUA e da Europa do que a Índia. Segundo ele, atualmente o setor de TI conta com 900 mil trabalhadores.
Com informações da Agência Câmara.