Ao menos 43 pessoas foram presas na Operação Muro de Fogo, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (4/12), em Goiás, São Paulo e Minas Gerais, acusadas de integrar uma organização criminosa que fraudava contas bancárias pela internet. Cerca de 250 policiais federais participaram da operação. A estimativa é de que a quadrilha seja responsável pelo furto de mais de R$ 1 milhão por mês entre saques em caixa eletrônico, pagamentos de boletos e saques na "boca do caixa".
De acordo com nota divulgada pela assessoria da PF, foram expedidos 50 mandados de prisão e 51 de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos em Uberaba, Goiânia e São Joaquim da Barra, cidades onde a quadrilha atuava.
Segundo as investigações, a quadrilha lesava milhares de correntistas e diversas instituições financeiras ao realizar transações não autorizadas com números de contas correntes e senhas obtidas indevidamente. A quadrilha encaminhava e-mails para as vítimas e, quando elas seguiam as instruções das mensagens (abrir arquivos, por exemplo), instalava um programa espião em seus computadores.
Com o programa, os computadores eram monitorados e os números das contas bancárias e as senhas eram capturados. Posteriormente, a quadrilha transferia os valores para contas de ?laranjas? ou pessoas que emprestam sua conta bancária para receber dinheiro de fraudes e efetuava saques e pagamentos. De acordo com as PF, algumas contas que recebiam o dinheiro estavam no nome de crianças.
A operação é chamada de Muro de Fogo por ser uma tradução da palavra firewall, software que protege os computadores contra invasões externas.