Depois de passar praticamente incólume pela crise financeira mundial e encerrar o ano com lucro, a Stefanini IT Solutions, consultoria e fornecedora de serviços de TI, já faz projeções otimistas para 2010, quando se espera que o desempenho da economia mundial e, por tabela, da brasileira apresente melhora significativa. A empresa, que vai fechar o ano com faturamento de R$ 674 milhões, crescimento de 32% na comparação com 2008, estima faturar entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão no ano que vem, o que, se confirmado, representará uma expansão de cerca de 48%.
De acordo com o presidente da companhia, Marco Stefanini, a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações), foi superior a 10%, o que, em períodos de crise, é um desempenho expressivo.
Uma das razões para as projeções otimistas para 2010 é o contrato firmado na quinta-feira, 3, com o banco HSBC para o fornecimento de serviços de desenvolvimento de software, na modalidade de fábrica de software. O contrato tem duração de dois anos e é baseado no sistema de custo variável e sob demanda. A expectativa da companhia é que o acordo gere entre R$ 25 milhões e R$ 35 milhões no período.
Um sintoma dessa melhora está também na retomada da estratégia de aquisições para o ano que vem. De acordo com Stefanini, o objetivo é manter a política de consolidação e adquirir principalmente empresas dos Estados Unidos, Europa e México, nesta ordem de importância. Mas ele não descarta a realização de algumas aquisições pontuais na América do Sul e até no Brasil. Stefanini se diz interessado em empresas de serviços e que tenham faturamento entre US$ 20 milhões e US$ 200 milhões. Para tal, a empresa mantém cerca de US$ 50 milhões em caixa. O foco principal da Stefanini na aquisição de empresas no exterior, conta o executivo, está relacionado com a meta de que as operações internacionais respondam por 50% do faturamento total da companhia.
Atualmente, a Stefanini tem operações próprias na Argentina, México, Peru, Angola, Chile, Colômbia, Venezuela, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Portugal, Itália, Inglaterra, Panamá e Índia. "Para atingirmos 50% do faturamento vinculado às operações no exterior temos de continuar com o processo de internacionalização por meio de aquisições. Organicamente é muito difícil conquistar esse objetivo, ainda mais pelo fato das operações no Brasil seguirem avançando", finaliza.
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