As empresas em todo o mundo cada vez mais terão de se adequar ao conceito de big data — enormes volumes de informações que precisam ser tratados, por envolverem dados não estruturados provenientes das mais diversas fontes — se quiserem aperfeiçoar seus processos de decisão. O alerta tem como base estudo encomendado à The Economist pela Capgemini, o qual revela que 75% dos líderes empresariais apostam no big data para a tomada de decisões. Além disso, eles afirmam que a coleta e a análise dessas informações servem de base para definir suas estratégias de negócios e apoiar o processo decisório no dia-a-dia. Na opinião de nove em cada dez executivos os dados já são o “quarto fator de produção”, tão fundamental aos negócios quanto a terra, o trabalho e o capital.
O estudo mostra também que líderes que baseiam suas análises na combinação da experiência e intuição são cada vez mais raros. Mais da metade deles (54%) considera suspeita a tomada de decisão de gestão com base na intuição ou simples experiência. De acordo com 65% dos entrevistados, as decisões de gestão estão cada vez mais baseadas na “profunda análise da informação”. Este índice chega a 76% no setor de energia e recursos naturais, 75% no de saúde e biotecnologia e 73%, em serviços financeiros.
Outro dado relevante é de que a maioria dos executivos (58%) depende da análise de dados não estruturados, inclusive textos, mensagens de voz, imagens e conteúdo de vídeos, e mais de 40% afirmam que as informações das redes sociais têm se tornado cada vez mais importantes nas decisões.
Questionados sobre os desafios em se trabalhar com grande volume de dados, 42% dos executivos afirmam que a análise de dados não estruturados são difíceis de interpretar e retardam a tomada de decisão. Já para a ampla maioria (85%), o crescente volume de informações não é o desafio principal, mas sim a capacidade de analisar e agir sobre os dados em tempo real. Também desafiadora é a escassez de analistas de dados talentosos alegada por 51% dos executivos
O levantamento realizado pela Economist Intelligence Unit, unidade de negócios independente do grupo The Economist, foi concluído em março e ouviu 43% de líderes do chamado C-level, que reúne CEO, CIO e CFOs, entre mais de 600 executivos de empresas do mundo todo.