As empresas estão em constante transformação e com o passar dos anos não só novas tecnologias vão surgindo como também novas gerações e talentos. Enquanto os baby boomers, nascidos entre 1946 e 1964, já trazem na bagagem anos de experiência e estão próximos da aposentadoria ou já se aposentaram, os milênios, nascidos entre 1980 a 2000, estão no ponto alto da carreira. Entre os extremos, está a geração X, nascidos entre 1965 e 1979, estão em outro momento, o de estabilidade no mercado.
A diversidade etária é bastante comum no ambiente corporativo, e a diferença entre gerações também apresenta um comportamento diferente. Os baby boomers, por exemplo, podem apresentar mais dificuldade com os aparatos tecnológicos do que a geração X e os milênios. Já a geração X costuma ter comportamento mais estável em relação a impulsividade dos mais jovens.
E essas variações podem afetar até como as companhias lidam com a segurança de informação. As informações corporativas são uma das principais atrações para os hackers, que, ao longo dos anos, têm desenvolvido novas estratégias para quebrar as barreiras de segurança. Só na América Latina, de acordo com um estudo do Netscout Arbor e IDC, as perdas anuais somam cerca de US$ 90 bilhões.
Além dos hackers, as informações da empresa são comprometidas também pelos hábitos dos funcionários. Segundo o último estudo da Citrix, "O que acontece na América Latina: nuvem, segurança e trabalho flexível" de 2018, as principais preocupações do gestores são o compartilhamento de informações por meio de aplicações não corporativas, como WhatsApp, as armadilhas hackers, a má administração de senhas, o download de conteúdo corporativo em armazenamento externo e o envio de dados para o e-mail pessoal.
Além disso, de acordo com o estudo, 46% dos responsáveis da área de TI afirmam que a geração mais vulnerável em termos de segurança de dados são os baby boomers, seguido pelos milênios com 28% e a geração X com 26%
Para reduzir os riscos que cada geração expõe aos dados, é necessário que as empresas concentrem grande parte de seus esforços em continuar treinando os funcionários nas políticas de segurança, a fim de reduzir futuros vazamentos de dados. Mas só isso não é suficiente.
Os responsáveis pela área de TI devem ter um papel proativo em termos de segurança, tentando antecipar e fortalecer sua infraestrutura. Por isso, é fundamental que eles possam criar um perímetro digital seguro, que forneça controle simplificado, com visibilidade de 360 graus e análise inteligente para todos os espaços de trabalho digitais.
Esse perímetro deve colocar o trabalhador no centro da segurança. Assim, é possível controlar e proteger os dados, aplicativos e redes, sem prejudicar o modo de trabalho de cada um, o que permite acesso de qualquer dispositivo, rede ou nuvem com segurança. O perímetro digital protege em qualquer lugar ao mesmo tempo que oferece controle e visibilidade total ao departamento de TI.
Hoje existem muitas frentes que as empresas devem cobrir em termos de segurança. O desafio é que as organizações continuem investindo em programas de treinamento e aprimoramento da infraestrutura de TI, o que garante a segurança dos dados e minimiza os riscos.
Luis Banhara, diretor geral da Citrix Brasil.