O e-commerce é uma das grandes forças motoras do varejo brasileiro. A quarta edição do ranking "50 Maiores Empresas do E-Commerce Brasileiro", desenvolvido pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), mostra que as principais varejistas online estão explorando os limites do setor, investindo no desenvolvimento de plataformas, na criação de melhores experiências de compra e também integrando online e offline para que a jornada dos clientes aconteça com o mínimo de atrito.
Fruto de um trabalho de pesquisa, coleta de dados e análise realizado pela SBVC com apoio técnico da BTR-Educação e Consultoria, Varese Retail e Centro de Estudo e Pesquisa do Varejo (CEPEV – USP), a nova edição do Ranking mostra que as grandes e médias empresas tiveram em 2017 um ano de crescimento acima da média do setor. As 50 varejistas listadas apresentaram um crescimento nominal de 8,74% nas vendas, enquanto o varejo online como um todo teve uma alta de 7,5% (dados Ebit). As 50 empresas tiveram um faturamento bruto de R$ 36,2 bilhões, o equivalente a 75,89% de todo o e-commerce brasileiro.
"Mesmo em um ambiente de crescimento econômico modesto, o varejo online continua em um ritmo sólido de expansão, gerando empregos e aumentando sua produtividade", afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC. "Das 50 empresas listadas no Ranking, somente quatro tiveram declínio nas vendas, o que reflete um ambiente de negócios bastante saudável", completa.
Por meio de uma metodologia exclusiva, o Ranking consegue refletir as características estruturais do varejo, contribuindo para um melhor entendimento das particularidades de nosso mercado. "O estudo evidencia aspectos importantes do varejo online brasileiro, como sua crescente concentração, a presença crescente da Amazon no mercado nacional e as imensas oportunidades que ainda existem no setor", afirma Terra.
Números relevantes
Os principais destaques da edição 2018 do Ranking "50 Maiores Empresas do E-commerce Brasileiro" são os seguintes:
As 50 maiores operações de e-commerce do país movimentaram, em 2017, um total de R$ 36,2 bilhões. Esse número corresponde a 75,89% das vendas totais do comércio eletrônico, calculadas pelo Ebit em R$ 47,7 bilhões;
As 10 maiores do e-commerce nacional somam R$ 29,91 bilhões em vendas, o equivalente a 62,7% do comércio eletrônico no País;
As 50 maiores empresas do e-commerce tiveram um crescimento de 8,74% na comparação com as 50 maiores da edição 2017 do Ranking, sensivelmente acima da expansão de 7,5% do setor como um todo;
Nas empresas multicanal que fazem parte do Ranking, as vendas via e-commerce representam 11,7% do faturamento, índice bem superior aos cerca de 5% que o varejo online representa do varejo brasileiro total;
Entre as 10 maiores empresas do e-commerce brasileiro estão 6 empresas multicanal e 4 operadores pure play;
Dos 50 maiores e-commerces, 36 são multicanal e 14 são operações exclusivamente online;
Os varejistas multicanal representam 57,7% das vendas dos 50 maiores e-commerces;
Em 21 dos varejistas multicanal, o e-commerce tem uma participação superior à média do varejo (de 5%);
As 12 empresas de capital aberto presentes entre os 50 maiores e-commerces movimentaram R$ 24,16 bilhões. O número representa 66,74% do faturamento do grupo das 50 maiores e 50,64% de todo o e-commerce brasileiro;
Mais da metade (62%) das 50 empresas listadas conta com Conselho de Administração. Esse grupo de empresas é responsável por R$ 28,5 bilhões em vendas online, ou 79,63% do faturamento das top 50 e 59,74% de todo o e-commerce brasileiro;
Oito empresas listadas no ranking tiveram, em 2017, um crescimento de vendas acima de 100%. As líderes em crescimento foram Carrefour, Livraria Cultura e Supermercados Mambo, seguindo estratégias e vivendo momentos de maturidade diferentes em suas operações online;
24 empresas listadas no ranking operam marketplaces.
Das 50 maiores empresas do e-commerce brasileiro, 26 foram fundadas (ou chegaram ao Brasil) nesta década, mostrando um amadurecimento do setor mesmo durante o período recente de crise econômica.
Os maiores e-commerces brasileiros:
Os dez maiores varejistas online do País são os seguintes:
Posição |
Empresa |
Faturamento e-commerce 2017 |
Faturamento Bruto 2017 |
% do e-commerce nas vendas totais 2017 |
1 |
B2W Digital |
R$8.763.600.000,00 |
R$8.763.600.000,00 |
100% |
2 |
Via Varejo |
R$4.849.000.000,00 |
R$29.122.000.000,00 |
16,7% |
3 |
Magazine Luiza |
R$4.353.615.616,00 |
R$14.321.104.000,00 |
30,4% |
4 |
Walmart Brasil |
R$3.000.000.000,00 |
R$28.187.051.659,00 |
10,6% |
5 |
Grupo Netshoes |
R$2.600.000.000,00 |
R$2.600.000.000,00 |
100% |
6 |
Máquina de Vendas |
R$2.280.000.000,00 |
R$6.000.000.000,00 |
38% |
7 |
Carrefour |
R$1.752.750.900,00 |
R$49.653.000.000,00 |
3,5% |
8 |
GFG LatAm – Dafiti |
R$1.100.000.000,00 |
R$1.100.000.000,00 |
100% |
9 |
Saraiva |
R$708.153.000,00 |
R$1.883.326.000,00 |
37,6% |
10 |
Privalia |
R$500.000.000,00 |
R$500.000.000,00 |
100% |
Metodologia
A SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo organizou um grupo de trabalho composto por especialistas em varejo. Esse grupo produziu uma extensa relação de empresas atuantes no setor de varejo brasileiro, abrangendo empresas com operações em âmbito local, regional e nacional, cujo faturamento estaria potencialmente colocado entre as maiores 50 empresas de varejo brasileiro. As empresas identificadas foram segmentadas de acordo com os principais ramos de atuação, procurando ratificar e/ou retificar a lista original, a partir de informações de entidades e associações setoriais, quando existentes e com informações publicamente disponibilizadas.
A hierarquia adotada em relação às fontes de informações das empresas para o Ranking foi a seguinte:
1) Dados declaratórios fornecidos pelas empresas, formalmente recebidos e arquivados pela SBVC
2) Dados publicados por entidades setoriais representativas
3) Balanços contábeis publicados pelas empresas
4) Publicações em veículos de grande circulação.
O Ranking tem como variável-tronco o faturamento bruto das empresas no exercício de 2017. As empresas foram classificadas por ordem decrescente, do 1º ao 50º lugar. Para empresas multinacionais com operação no Brasil, o critério adotado para efeito de classificação no ranking foi o faturamento bruto gerado no Brasil. O crescimento das empresas apresentado no estudo levou em consideração o percentual de variação do faturamento bruto em 2017 em relação a 2016. Link para acesso: http://sbvc.com.br/ranking-