O mais recente relatório da Redbelt Security, consultoria especializada em cibersegurança, detalha uma série de vulnerabilidades críticas que vão desde malwares camuflados até falhas estruturais em sistemas amplamente utilizados.
As vulnerabilidades mais recentes identificadas são:
Campanha de malvertising sequestra contas do Facebook para espalhar o malware SYS01stealer – Pesquisadores de segurança cibernética identificaram uma campanha de malvertising que utiliza a plataforma de anúncios da Meta para sequestrar contas do Facebook e distribuir o malware SYS01stealer.
Segundo o Bitdefender Labs, os invasores exploram marcas confiáveis para aumentar o alcance da campanha, que utiliza quase uma centena de domínios maliciosos para distribuir o malware e realizar operações de comando e controle em tempo real. O objetivo é roubar credenciais de login, histórico de navegação e cookies.
Usuários que interagem com os anúncios são redirecionados para sites enganosos hospedados em plataformas como Google Sites e True Hosting, que simulam marcas e aplicativos legítimos. Além disso, contas sequestradas do Facebook são usadas para publicar anúncios fraudulentos.
Black Basta ransomware usa o Microsoft Teams para invadir redes corporativas –
Ativo desde abril de 2022, o ransomware Black Basta é responsável por centenas de ataques globais contra empresas. Recentemente, os operadores começaram a usar o Microsoft Teams para se passar por help desks corporativos e enganar funcionários com falsas ajudas relacionadas a ataques de spam.
Durante essas interações, os invasores convencem as vítimas a instalar ferramentas de suporte remoto, como AnyDesk, ou a conceder acesso remoto ao dispositivo. Isso permite a execução de scripts que instalam cargas úteis, como ScreenConnect, NetSupport Manager e Cobalt Strike, garantindo acesso contínuo. Com isso, os agentes se espalham lateralmente pela rede, elevam privilégios, roubam dados e implantam o ransomware.
Google implementará autenticação multifator para todos os usuários do Google Cloud até 2025 – O Google Cloud anunciou que tornará a autenticação multifator (MFA) obrigatória para todos os usuários até o final de 2025, como parte de seus esforços para fortalecer a segurança das contas. O processo de implementação será gradual, dividido em três etapas iniciadas em 2024, com notificações antecipadas para ajudar empresas e usuários na transição. Essa medida segue iniciativas semelhantes da Amazon (AWS) e Microsoft (Azure), que também introduziram MFA obrigatória para suas plataformas.
Ransomware Fog explora falha em VPNs da SonicWall para atacar redes corporativas – Os ransomwares Fog e Akira estão explorando a falha crítica CVE-2024-40766, presente no controle de acesso SSL VPN da SonicWall, para invadir redes corporativas. A vulnerabilidade, corrigida em agosto de 2024, está sob exploração ativa, segundo relatos da SonicWall e da Arctic Wolf. Os pesquisadores observaram que, além de explorar endpoints desatualizados, os atacantes têm como alvo organizações que não habilitaram autenticação multifator e que utilizam a porta padrão 4433. Lançado em maio de 2024, o ransomware Fog se destaca pelo uso de credenciais VPN comprometidas para obter acesso inicial às redes.
Falhas críticas em plug-in do WordPress afetam mais de 200.000 sites – Duas vulnerabilidades graves (CVE-2024-10542 e CVE-2024-10781) no plug-in CleanTalk's Spam Protection do WordPress permitem que invasores não autenticados instalem e ativem plug-ins maliciosos. As falhas, com pontuação CVSS de 9,8, possibilitam a execução remota de código caso o plug-in ativado seja vulnerável. O problema foi corrigido nas versões 6.44 e 6.45, lançadas em novembro de 2024. O CleanTalk é amplamente utilizado para bloquear spam em comentários, registros e pesquisas, mas as falhas destacam a importância de manter o plug-in atualizado.
As descobertas do relatório da Redbelt reforçam um ponto crucial: a transformação digital deve caminhar lado a lado com estratégias de segurança robustas e adaptáveis. Em um cenário em que cada inovação tecnológica traz consigo novas formas de ataque, as organizações não podem mais se dar ao luxo de adotar uma postura reativa. Este é o momento de investir em soluções proativas, capacitar equipes e incorporar a segurança cibernética ao DNA corporativo. Ao fazer isso, é possível não apenas mitigar riscos, mas também criar um ambiente de negócios resiliente e confiável em meio às incertezas do mundo digital.