IBM lidera ranking de fornecedores para setor financeiro

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A IDC Brasil acaba de concluir o estudo Brazil Competitive Analysis 2005 – Financial, em que aponta os principais fornecedores de TI para o setor de finanças líderes no país. O relatório apresenta os resultados financeiros dessas empresas e descreve suas estruturas, ofertas e estratégias para servir o mercado de bancos, seguradoras, empresas de cartão de crédito, financeiras, corretoras etc. Além disso, indica o grid de liderança com os fornecedores de tecnologia mais bem posicionados.

Em 2004, o setor financeiro foi responsável por 21% da demanda de TI no país. ?As empresas do setor são atendidas por milhares de fornecedores de tecnologia, desde fabricantes de equipamentos até empresas de consultoria de TI. Apesar dessa abundância, o mercado é bastante concentrado, com 11 grandes fornecedores sendo responsáveis por aproximadamente 60% das vendas para o setor?, diz Mauro Peres, responsável na IDC Brasil por projetos de consultoria para o setor de finanças.

No ranking das maiores, de acordo com Peres, há vários tipos de empresas, desde aquelas em que o core business é o segmento financeiro até as que não possuem soluções customizadas para o setor. O estudo aponta a IBM como o maior fornecedor de TI no Brasil em 2004 para o segmento financeiro. Em segundo lugar, a Procomp, em terceiro a Itautec.

De acordo com a análise, os três primeiros fornecedores do ranking possuem um forte componente de hardware em suas vendas para o setor financeiro. A IBM tem, neste setor, seus principais clientes na sua linha de mainframes. Já a Procomp e a Itautec dividem a liderança no mercado de automação bancária no Brasil. E como serviços têm crescido cada vez mais no portfólio de quase todos os fornecedores de TI, empresas que originalmente surgiram como fornecedores de hardware, como IBM, Unisys e Procomp, já conseguem gerar mais receita oriunda de serviços para o setor que de hardware.

Entretanto, a maior parte dos serviços contratados pelos bancos ainda é de baixo valor agregado, como desenvolvimento de sistemas e, principalmente, bodyshop. ?Mas, esse setor, que tradicionalmente sempre ofereceu uma forte resistência a fazer terceirização de maior abrangência da área de TI, aos poucos vem mudando, liderado por empresas multinacionais. Dois exemplos são o BankBoston e o ABN, que estão terceirizando uma parcela significativa das suas operações de TI?, esclarece Peres.

Na área de software, a maior demanda é por infra-estrutura, uma vez que os grandes bancos tendem a desenvolver internamente os seus aplicativos. Assim, a maior parte das vendas da IBM para o segmento, como as da Microsoft e Oracle, vem de software de infra-estrutura e não de aplicativos.

Há uma grande variação na quantidade de funcionários que as empresas alocam para atender o segmento financeiro. As empresas que têm uma forte operação de serviços de TI, em sua maioria, alocam um percentual significativo de seus funcionários para o setor, chegando a ter mais de mil profissionais dedicados a essa área. Já as empresas de software ou de hardware não seguem esse modelo e possuem poucas pessoas voltadas para serviços.

Atualmente, no Brasil, há milhares de empresas que fornecem serviços e produtos de TI para o setor financeiro, porém de diversos perfis, como as denominadas ?hardware oriented?, ?software oriented?, ?services oriented?, ?solution oriented? e as ?resellers?. Por isso, diz Perez, conhecer profundamente o setor financeiro ainda é um diferencial competitivo no mercado. Segundo ele, a maioria dos grandes fornecedores de TI já está se estruturando por verticais e contratando profissionais que conhecem o setor. ?As empresas que desejam ter sucesso nesse segmento terão que ir além e passar a conhecer profundamente os seus clientes?, afirma.

Apesar de ter processos em comum, cada empresa financeira é bastante diferente da outra, cada uma com necessidades específicas. Muitos bancos reclamam que os fornecedores oferecem soluções para problemas que realmente existem no setor financeiro, porém chegam com um discurso pronto, sem conhecer a realidade do banco e o momento que ele está vivendo.

Para Peres, os fornecedores de tecnologia que conquistarão o mercado financeiro terão que, além de conhecer muito bem o setor, conhecer profundamente os seus clientes e prospects. ?Os fornecedores terão que estar muito próximos aos seus clientes e investir muito na formação de bases de informações que os ajudem a conhecer profundamente as empresas?.

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