SEC vai investigar aporte recebido pelo Facebook, diz jornal

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Os rumores de que o banco de investimentos Goldman Sachs teria sondado clientes para que investissem no Facebook chamou a atenção da Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos. Segundo fontes ouvidas pelo The Wall Street Journal, o governo americano quer averiguar se a rede social está de acordo com a lei que regulamenta a atividade de companhias privadas no país, e estuda a possibilidade de fazer algumas alterações no texto.
De acordo com o jornal americano, a lei estabelece que companhias com mais de 500 acionistas, mesmo que não negociem ações em bolsas de valores, devem informar à SEC determinadas operações financeiras, como o recebimento de aportes que influenciem no valor de mercado.
No início desta semana, boatos no mercado diziam que o Facebook havia recebidoinvestimento US$ 500 milhões do Goldman Sachs, que também começou a procurar novos investidores para o site de relacionamentos, o que eleveou o valor de mercado da rede social para US$ 50 bilhões (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
Segundo as fontes ouvidas pelo The Wall Street Journal, oficiais da SEC desconfiam que o Facebook e o Goldman Sachs criaram um canal indireto de investimentos, por meio de clientes do banco, para tentar burlar a regra dos 500 acionistas e manter a rede social como uma empresa privada que opera apenas em mercados secundários, sem a necessidade de informar as operações financeiras. No entanto, a SEC também quer averiguar as necessidades e demandas de outras companhias privadas, para estudar se a lei das empresas de capital fechado, cuja última alteração foi feita há 47 anos, já não está ultrapassada para os padrões atuais.
O diário americano considera a regra dos 500 acionistas, sancionada em 1964, uma "dor de cabeça" para as start-ups, principalmente as de tecnologia, que dependem tanto de modelos de negócio diferenciados. Segundo o jornal, a regra acabou tornando a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) uma obrigatoriedade para a sobrevivência das empresas, já que, em busca de investimento, elas acabam tendo que pulverizar seus financiamentos.

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