A Samsung foi a fabricante que mais ganhou participação no mercado brasileiro de handsets no ano passado. A empresa, que até então ocupava o quarto lugar em volume de vendas, conquistou a segunda posição em novembro passado e a manteve em dezembro. A Samsung ultrapassou a Motorola e a LG, ficando atrás apenas da Nokia. As informações provêm de pesquisa contratada pela própria fabricante. Em 2010, a meta é alcançar a liderança no mercado nacional, afirma o vice-presidente de telecomunicações da Samsung no Brasil, Silvio Stagni.
Segundo fontes diversas, a explicação para o crescimento da Samsung seria uma política agressiva de preços. Stagni discorda, informando que em faturamento a empresa ficou em primeiro lugar ao fim do ano, pois o preço médio de seus aparelhos estava acima daquele verificado nas vendas da Nokia e da LG. Uma possível explicação para o desempenho da empresa pode estar no sucesso de seu celular low end, o E1085. "Modelos de até R$ 199 representam 58% das vendas no Brasil. Para brigar pela liderança aqui é preciso atuar nesse segmento", explica Stagni.
A conquista do segundo lugar no Brasil era uma obsessão da matriz da Samsung. A companhia já estava em segundo lugar no mundo há um ano e não aceitava a condição de estar na quarta posição no Brasil, mercado emergente e considerado estratégico para qualquer grande fabricante.
Estima-se que em 2009 tenham sido vendidos 39 milhões de telefones celulares no Brasil. A Samsung não revela quantas unidades ela comercializou no País. Stagni conta apenas que o mercado interno consumiu praticamente toda a produção da empresa no Brasil. Para 2010, o executivo espera que o mercado brasileiro cresça aproximadamente 10%, alcançando algo entre 42 e 43 milhões de celulares vendidos. O segmento de smartphones especificamente deve subir 40%, alcançando a marca de 2 milhões de unidades vendidas. Nessa estimativa, Stagni classifica como smartphone qualquer aparelho com sistema operacional aberto e capaz de baixar aplicativos de escritório.
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