O cloud computing e a revolução nas estratégias de datacenters

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A consolidação do cloud computing como uma tecnologia sólida, segura e viável, além de outros fatores macroeconômicos, geográficos e de desenvolvimento tecnológico, faz com que as grandes companhias tenham novas alternativas e revejam suas estratégias de datacenters.
O fato é que nunca foi tão fácil oferecer serviços em qualquer lugar do mundo, e, por isso, a estratégia de datacenter das corporações passa a estar diretamente ligada à estratégia de globalização do negócio. Considerar como os modelos baseados em nuvem podem possibilitar a expansão para novos mercados e territórios já faz parte da pauta do CIO.
Uma mudança interessante possibilitada pela evolução do cloud computing é que não há mais limites geográficos para a implementação de datacenters. Uma empresa pode, por exemplo, ter seu centro de dados na Europa, mas oferecer seus serviços em Singapura com 100% de eficiência. Diante dessa realidade, as empresas passaram a ter a possibilidade de avaliar diferentes fatores antes de implementar uma estrutura em determinada região.
Muitas empresas já estão estudando, por exemplo, regiões onde a energia é de fontes renováveis e os custos são menores. Outras já seguem o conceito de “Following the Sun”, ou “Seguindo o Sol”, e podem direcionar cargas de trabalho de forma automática para os datacenters onde a energia é mais barata, levando em consideração que na maioria dos países a energia tem preços mais acessíveis à noite.
Outro fator que passou a ser levado em consideração é o risco de acidentes naturais. Por que instalar um datacenter em uma região sujeita a terremotos e furacões, por exemplo? A velocidade da banda de internet disponível na região, bem como seus custos, também estão sendo avaliadas pelos CIOs na definição da estratégia, ainda mais quando estamos falando da era da “Big Data”.
As possibilidades criadas pela nuvem estão proporcionando outra quebra de paradigma. O uso de sensores e outros recursos – como, por exemplo, as tecnologias de Smart Grid – estão possibilitando a coleta de dados que até então não eram possíveis de ser acessados, hoje passa a fazer mais sentido ter um datacenter mais próximo de onde estes dados estão sendo colhidos. No passado, o padrão era que estes centros estivessem próximos dos centros de conhecimento destas empresas.
Por fim, o novo cenário vem levando os CIOs a uma dúvida ainda maior: será que minha empresa deve investir grandes quantias para a construção de um datacenter próprio, que permanecerá como um ativo nos livros financeiros por mais de 20 anos, ou devemos implementar um modelo operacional onde se paga pelo uso do armazenamento baseado na nuvem? Eis o dilema que os profissionais de TI terão que desvendar.

Ana Cerqueira, sales director da Dimension Data Brasil

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