Levantamento feito pela incubadora Mountain do Brasil junto a 305 startups revela que despreparo da equipe, falta de plano de negócios e excesso de competição no mercado são os principais fatores que impedem esses negócios emergentes de receber investimentos.
A incubadora está em busca de novos parceiros para ampliar o seu portfólio no Brasil. A estratégia é investir entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão por empresa, mas essa meta esbarra nos problemas mencionados.
De acordo com o levantamento, apenas três empresas (menos de 1%) que apresentaram projeto em 2012 receberam aportes (de R$ 500 mil a 1,5 milhão). Em torno de 14% (42) foram convidadas para uma reunião de apresentação.
Por outro lado, cerca de 56% (172) dos projetos apresentados naquele ano foram rejeitados de imediato, e 30% (91) foram orientados a apresentar um projeto mais completo.
Nicolas Gautier, diretor da Mountain do Brasil, diz que a falta de um time preparado afasta o investidor mesmo quando há interesse pelo modelo de negócio proposto."É necessário pensar como empresa, e não como funcionário", ensina o executivo.
O apoio fica mais difícil, também, quando a startup oferece um serviço já ofertado por outras empresas. "Oferecer um serviço inovador no mercado é o maior diferencial que essas empresas podem ter", diz ele.
Outras dicas de Gautier incluem apresentação de serviço que alcance um grande número de pessoas (mais atraente para os investidores do que ofertas para nichos específicos, segundo ele), definição de metas de conquistas de mercado que mostrem o potencial de crescimento do negócio e datas aproximadas para o retorno do investimento.
Atualmente, a Mountain do Brasil mantém investimentos nas startups Veduca, Onda Local e Janamesa.